Numa dupla estreia, o Renault Captur passou a contar com o nível de equipamento R.S. Line, de inspiração desportiva, e uma motorização híbrida a gasolina com 140 cv, associada a uma caixa de velocidades multi-modos, com tecnologia oriunda da Fórmula 1.
Pela primeira vez, o SUV de segmento B da Renault passou a estar disponível com o nível de equipamento R.S. Line, já presente nos modelos Clio, Mégane e Arkana, distinguindo-se pela imagem desportiva e pela assinatura Renault Sport em inúmeros detalhes, quer no exterior, quer no habitáculo.
Os logos identificativos da versão nas laterais e na bagageira são traços distintivos da imagem exterior desportiva do Captur R.S. Line, ao que se junta o design musculado sublinhado pela carroçaria em dois tons e as aplicações metalizadas escurecidas.
A secção dianteira recebe uma proteção inferior específica, com a icónica e distintiva lâmina aerodinâmica inspirada na Fórmula 1, enquanto na traseira estão presentes elementos exclusivos como a proteções inferiores e as duas estilizadas saídas de escape.
Como se não bastasse, a Renault decidiu reforçar o visual desportivo do Captur R.S. Line com a inclusão de jantes exclusivas de 18 polegadas, com "corte em diamante" e identificadas com o logo R.S. Line.
INTERIOROs apontamentos de inspiração desportiva estendem-se igualmente ao habitáculo do Captur R.S. Line que oferece muitos detalhes específicos e exclusivos desta versão.
Entre eles destaque para o revestimento negro do tecto, o volante em pele perfurada com o logotipo R.S. Line, os pedais desportivos em alumínio, a consola central com "pespontos" em vermelho, os bancos desportivos com tiras vermelhas, as saídas da ventilação no mesmo tom, as aplicações tipo carbono na consola e nos painéis das portas ou a assinatura "Renault Sport" nas soleiras das portas.
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O habitáculo conta com vários espaços para arrumações, incluindo as bolsas generosas nas portas, dois porta-copos, dois compartimentos (superior e inferior) à frente do seletor dos modos de condução, que podem ser utilizados para colocar um telemóvel ou uma carteira. Entradas USB também não faltam: quatro, duas à frente e duas atrás.
O ar condicionado automático é operado por botões físicos em vez de um ecrã tátil, o que é positivo, pois evita as distrações.
A distância entre-eixos de 2,63 metros permitiu a disponibilização de um habitáculo funcional e amplo, com amplo espaço para as pernas nos lugares traseiros. A bagageira é também bastante generosa, oferecendo uma capacidade de 305 litros, podendo ser ampliada até aos 1149 litros com o rebatimento dos assentos traseiros. Será de referir que a bagageira possui um tampo amovível que permite otimizar o espaço ou criar um fundo falso para guardar objetos mais pequenos.
MECÂNICAA Renault recorreu a soluções inéditas oriundas da competição para a sua nova tecnologia E-Tech, que foi desenvolvida para satisfazer vários compromissos, designadamente o baixo consumo de combustível, a agradabilidade de condução ou a simplicidade mecânica do motor térmico.
O sistema é constituído pelo bloco a gasolina de 1598 cc de 94 cv - devidamente adaptado para a tecnologia híbrida -, dois motores elétricos (um elétrico de 49 cv e um motor / gerador de alta voltagem de 20 cv), alimentados por uma bateria de iões de lítio com capacidade de 1,2 kWh, localizada por baixo da bagageira.
A evoluída caixa de velocidades multi-modos sem embraiagem e sincronizadores, desenvolvida com base na experiência adquirida pela Renault na Fórmula 1, completa o sistema híbrido.
A combinação da travagem regenerativa com a elevada capacidade de autocarregamento das baterias e com o rendimento do sistema E-Tech permitem que, até 80% do tempo de circulação em meio urbano, seja realizado em modo elétrico, com um ganho nos consumos na ordem dos 30% face ao de um motor térmico. Em modo totalmente elétrico, o Captur Hybrid pode circular até aos 70-75 km/h.
Em termos de consumo de combustível, a Renault reivindica uma média combinada entre 4,9 l/100 km em ciclo WLTP e 5,9 l/100 km em ciclo WLTP muito alto.
TECNOLOGIAComo já vem sendo habitual nas versões mais equipadas dos modelos da Renault, o Captur R.S. Line também recebe avançados e sofisticados conteúdos tecnológicos, destacando-se o painel de instrumentos digital de 10", o sistema Renault Multi-Sense que possibilita a configuração da dinâmica e do ambiente a bordo.
Um segundo ecrã digital, com orientação vertical, está presente na consola central, permitindo o acesso às funcionalidades do sistema multimedia Easy Link, incluindo navegação, compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay.
A dotação de série compreende ainda cartão mãos livres, travão de estacionamento elétrico, retrovisor interior eletrocromático sem moldura, sensores de chuva e luminosidade.
A Renault decidiu dotar o Captur com um aspecto mais dinâmico, prolongando a linha das janelas até à parte traseira. Essa solução prejudica a visibilidade e para ultrapassar esse constrangimento os sensores de estacionamento traseiros passaram a ser de série em todas as versões e o nível de equipamento R.S. Line dispõe igualmente de câmara traseira e sensores de estacionamento dianteiros.
A unidade ensaiada também contava com câmara 360º e sistema de estacionamento assistido (Easy Park Assist), que integra o opcional Pack Easy Parking 360º e implica o Pack Full NAV 9,3", com Easy Link e antena Shark.
A adoção da moderna plataforma CMF-B permitiu a introdução de avançadas tecnologias de assistência à condução no Captur, destacando-se os sistemas de alerta de distância de segurança, reconhecimento de sinais de trânsito, regulação e limitação de velocidade, assistência na transposição involuntária da via, travagem de emergência ativa com deteção de peões e ciclistas.
A versão R.S. Line acresce a comutação automática das luzes de estrada / cruzamento, o alerta de excesso de velocidade. Por sua vez, os sistemas de alerta de ângulo morto e de obstáculo traseiro são opcionais nesta versão, sendo propostos no Pack Alerta.
AO VOLANTEComo já é habitual nos pequenos SUV, a posição de condução é elevada e encontrar a melhor posição atrás do volante também não é complicado, graças às várias possibilidades de regulação do assento e também da coluna da direção, quer em profundidade, quer em inclinação.
A combinação do motor 1.6 Hybrid de 140 cv com a caixa multimodo garante um comportamento dinâmico agradável, quer em termos de acelerações, quer de acelerações. Para alcançar os 100 km/h após o arranque são necessários 10,6 segundos.
Esta versão está otimizada para circular a baixa velocidade em ambiente urbano sem necessidade de recorrer ao motor térmico. Ao contrário do Renault Arkana E-Tech Hybrid, o Captur Hybrid não dispõe de modo de condução B (regeneração mais intensa da energia da travagem), mas apenas o modo Eco.
O consumo de combustível, por seu lado, registado durante o ensaio foi de 7,3 l/100 km, num misto de percursos urbanos e vias rápidas. Este valor, porém, está longe de corresponder aos anunciados pela marca em ciclo WLTP.
No que se refere à suspensão, esta tem alguma dificuldade em digerir as irregularidades dos maus pisos a baixas velocidades, sobretudo com as jantes de 18 polegadas. O conforto a bordo melhora à medida que aumenta a velocidade.
A direção, por sua vez, é suficientemente precisa e leve em ambiente urbano, mas necessitava de ser mais firme a velocidades mais elevadas, pelo que nunca se está tão confiante em estradas sinuosas como, por exemplo, no Ford Puma ou no Volkswagen T-Roc.
Os sistemas de assistência à condução, designadamente do regulador adaptativo da velocidade de cruzeiro, são simples e intuitivos de usar, graças aos comandos existentes no volante multifunções.
VEREDICTOPara quem procura um SUV de segmento B com uma imagem mais desportiva, o Renault Captur R.S. Line Hybrid corresponde às expectativas. O interior é espaçoso, o nível de equipamento completo e os materiais utilizados são de qualidade. Só o sistema híbrido não se revelou tão eficiente como o anunciado, enquanto o preço, a partir de 29.800 euros, revela-se competitivo face à concorrência.
Gostámos
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Qualidade construção O interior conta com materiais de qualidade e um elevado rigor na construção, ao que se juntam apontamentos específicos R.S. Line como as aplicações a imitar carbono nas portas e no painel de bordo ou as saídas da ventilação com tom vermelho. |
Detalhes A parte inferior da consola central oferece um útil compartimento para colocar o cartão Renault com acesso e arranque mãos-livres, ao que se juntam outros espaços no painel de bordo ou na consola flutuante. |
ADN desportivo O ADN desportivo da Renault Sport foi transposto para o Captur R.S. Line que oferece apontamentos específicos e exclusivos como as falsas ponteiras de escape, aplicações metalizadas ou mesmo a lâmina aerodinâmica inspirada na Fórmula 1. |
Não Gostámos
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Consola flutuante Admitimos que possa ser uma caraterística típica de alguns modelos da Renault, mas a consola flutuante onde está alojado o comando da transmissão automática, localizado a meio da consola central, é demasiado intrusivo e rouba espaço entre os bancos. |
Opcionais Apesar de disponibilizar um equipamento de série bastante completo, a lista de opcionais da versão R.S. Line também é extensa, incluindo o pneu sobressalente, bastante útil num SUV, sobretudo num SUV que realize percursos em maus caminhos. |
Consumo O consumo anunciado pela marca de 4,9 l/100 km em ciclo WLTP para o Captur E-Tech Hybrid parece ser demasiado otimista. Em condições reais durante o ensaio, o valor apresentado pelo computador de bordo nunca baixou dos 7,3 l/100 km. |
