Após os 490,48 km/h. Bugatti atira-se à marca dos 500 km/h

Depois do Chiron Super Sport 300+ e do W16 Mistral, eis que a Bugatti volta à carga no objectivo de fixar novos recordes de velocidade, agora, com um número mais redondo na mira: 500 km/h. Algo que o fabricante afirma acreditar poder vir a alcançar, desde que os pneus Michelin acompanhem…

Tudo começou com o Bugatti Chiron Super Sport 300+, que, em Ehra-Lessien, decorria o ano de 2019, conseguiu atingir os 490,48 km/h de velocidade máxima, embora e ao contrário do que vulgarmente estipula o Guiness World of Records, numa só direcção e não nos dois sentidos da pista.

Mais recentemente, foi o W16 Mistral que fixou uma nova velocidade máxima para descapotáveis, ao atingir os 420 km/h.

Finalmente, uma das últimas criações da marca de Molsheim, o Tourbillon, anuncia como velocidade máxima eletronicamente limitada os 445 km/h, embora seja consensual que, o desligar do sistema eletrónico, certamente permitirá velocidades bem mais altas.

De resto e certo desta possibilidade, foi o próprio CEO (também) da Bugatti, Mate Rimac, que, numa intervenção recente, colocou em cima da mesa a hipótese de um modelo da marca, que poderá ser o Tourbillion, atingir a marca dos 500 km/h.

Para o também CEO da elétrica Rimac Automobili, a maior dúvida reside nos pneus, personalizados, fornecidos pela francesa Michelin, sobre os quais Mate Rimac já falou, inclusivamente, com os engenheiros do fabricante de pneumáticos. Momento presenciado pela britânica Top Gear, que, ao questionar o empreendedor croata, terá recebido como resposta “os nossos clientes com maior interesse pelos aspectos técnicos certamente compreenderão os motivos destas minhas perguntas”.

Ainda assim, Rimac não deixou de deixar uma pequena provocação, acrescentando: “Se podemos colocar o ‘cinco’ à frente do próximo recorde de velocidade máxima? Talvez com o próximo [modelo]. Vamos ver…”.

Recorde-se que a última ocasião em que a Bugatti fez alarde de um recorde de velocidade foi com o Mistral, mas não por uma questão de marketing. Na verdade, terá sido ideia do filho de um coleccionador de automóveis bem relacionado, com, não um, mas três Bugatti recordistas de velocidade, Veyron e Chiron, que terá desafiado o construtor a tentar fazer o mesmo com o W16 Mistral.

Catorze milhões de dólares investidos e algum tempo depois, a Bugatti cumpriu o desafio.

“Este tipo de carros são, obviamente, para pessoas que os podem pagar. Grande clientes nossos. E que também devem poder explorar tudo aquilo que for possível”, afirmou, na mesma ocasião, o novo homem-forte da Bugatti. Acrescentando que, “temos aqui pessoal da Michelin. Estamos a elevar a tecnologia dos pneus, os seus limites, sendo que, as borrachas de hoje em dia, estão já num nível completamente diferente daquele que demonstravam há 30 anos atrás.”.

Experiência consolidada

Vale a pena recordar que, embora assumindo, pela primeira vez, este desafio com a Bugatti, Mate Rimac é já um “velho conhecido” no domínio dos recordes de velocidade.

Aliás, logo nos primeiros tempos de envolvimento com a indústria automóvel, o engenheiro croata estabeleceu um total de cinco recordes mundiais com o seu BMW E30 modificado.

Depois disso e já na Rimac Automobili, Mate soma, até ao momento, um total de 27 recordes, neste caso, com o 100% elétrico Rimac Nevera.