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Pelo menos nos próximos 10 anos. Bugatti diz não aos EV e SUV

Texto: Francisco Cruz
Data: 8 de Setembro, 2022

Apesar da subordinação a um fabricante de veículos 100% elétricos (Rimac Automobili), mas também daquilo que são as novas tendências do mercado, a garantia fica desde já aqui expressa: um Bugatti 100% elétrico (EV), ou até mesmo um SUV com emblema da marca de Molsheim, é algo que não surgirá, garantidamente, nos próximos dez anos!

A garantia de que, mesmo com o mercado cada vez mais centrado nestas soluções, elétricos ou SUVs são algo que não estão no horizonte a 10 anos da Bugatti, foi deixada pelo CEO da hiper-exclusiva marca francesa, Mate Rimac, durante uma entrevista à revista alemã ‘Automobilwoche’. Neste caso, em resposta ao facto de fabricantes também de nicho, como a Ferrari e a McLaren, terem já cedido às pressões do economia e decidido seguir, também eles, pelo caminho da eletrificação, assim como dos SUV.

Contudo e no caso da Bugatti, Rimac assegurou de que, nenhuma destas soluções, está entre  os objectivos da marca de Molsheim, pelo menos, para os próximos dez anos.

Mate Rimac, CEO da Bugatti… e da Rimac

Ainda assim e conforme o próprio Mate Rimac já reconheceu, a Bugatti dificilmente vai poder ficar impassível perante o agudizar dos regulamentos anti-emissões e que, inclusivamente, já levaram a marca a reconhecer que, o icónico bloco W16, está, neste momento, a fazer a sua despedida. Mais concretamente, através do novo roadster Mistral, o qual deverá ser o último modelo da fabricante a envergar este motor.

De resto e também no que concerne ao sucessor do Chiron, modelo que está em final de vida, o mesmo responsável assumiu já que deverá recorrer a um trem de força “fortemente eletrificado”, ainda que tendo por base um motor de combustão que não deixará de ser “fortemente apelativo”.

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Também na entrevista à ‘Automobilwoche’, Mate Rimac revelou que, um dos objectivos, neste momento, passa por conseguir aumentar a autonomia do trem de força híbrido para, pelo menos, 50 quilómetros. O que, recorda o mesmo responsável, deverá permitir que, pelo menos, um por cento dos clientes possa fazer as suas deslocações em cidade, sem recorrer ao motor de combustão.