A preparar o lançamento daquele que será o seu primeiro automóvel, eis que a tecnológica chinesa Xiaomi dá a conhecer todos os dados relacionados com a futura berlina elétrica SU7. Proposta que, garante o fabricante, será mais rápida que um Porsche Taycan, ao mesmo tempo que oferecerá maior qualidade e longevidade que um Tesla Model S.
Depois da divulgação das primeiras imagens do modelo em novembro de 2023, o fabricante chinês mais conhecido pelos smartphones e até trotinetes elétricas retoma agora e na primeira pessoa (as primeiras imagens foram divulgadas pelo Ministério da Indústria da Tecnologia de Informação da China), o tema do seu primeiro automóvel 100% elétrico. Desta feita, não apenas para divulgar todos os dados relacionados com o SU7, mas também garantir que será um rival directo de referências como o Porsche Taycan ou o Tesla Model S.
Assim e segundo aquelas que são as informações oficiais, o SU7 apresentar-se-á como uma berlina 100% elétrica, com praticamente cinco metros de comprimento (4,997 m) e três metros de distância entre eixos, que, apesar de ligeiramente maior que os rivais eleitos, consegue exibir um coeficiente de aerodinâmica mais baixo, de apenas 0,195. Isto, fruto não apenas da frente tipo McLaren, mas também de uma arquitectura a que o fabricante chamou “Modena”.
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Aliás e ainda sobre esta arquitectura, a Xiaomi afirma que é compatível com diferentes sistemas elétricos, tanto de 400 como 800V, além de permitir o recurso a vários tipos de tracção (dianteira, traseira, integral…) e potências. Com as diferenças a serem explanadas em duas versões distintas, a base e a Max.
Cinco minutos para repor 220 km
Começando pela versão base, um só motor elétrico com 299 cv de potência e 400 Nm de binário, ambos enviados apenas para as rodas traseiras, e que permitem que possa acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,28s. Embora e porque utiliza uma arquitectura de apenas 400V, com a reposição dos 668 km de autonomia, garantidos através de um pack de baterias de 73,6 kWh, a acontecer de forma mais lenta que nas restantes versões.
Já as versões V8 e V8s, recorrem a dois motores elétricos capazes de oferecer uma potência combinada de 673 cv, capaz de garantir acelerações dos 0 aos 100 km/h em não mais que 2,78s, além de uma velocidade máxima anunciada de 265 km/h. Mas também percorrer até 800 km com uma só carga, graças à utilização de mum pack de baterias com uma capacidade bruta de 101 kWh… e que é mais do que o Model S anuncia.
Finalmente e fruto da presença de uma arquitectura elétrica de 800V, os V8 e V8s conseguem repor energia para cerca de 220 km com apenas cinco minutos de ligação à tomada, ou então e já para cerca de 390 km, com o dobro do tempo (10 min.) a carregar.
Naturalmente e até porque se trata de uma proposta nascida de uma das maiores tecnológicas chinesas, ao Xiaomi SU7 não faltam novidades e inovações neste domínio, a começar pela assistência à condução e condução semiautónoma. Esta última, garantida através de soluções como um LiDAR, câmaras ópticas e de radar, que, embora para já capazes de garantir uma condução sem intervenção do condutor quando em estrada aberta e no estacionamento, deverão ser capazes de fazer o mesmo em cidade, a partir do momento em que fiquem concluídos os testes que o fabricante tem previsto para 2024.
Barato, é certo que não será…
Finalmente e como único dado que continua por revelar, o preço, nomeadamente e em primeiro lugar, para o mercado chinês, só deverá ser conhecido dentro de alguns meses. Embora e tomando como verdadeiras as palavras já proferidas pelo CEO Lei Jun, o SU7 não se anuncie como uma proposta barata.
Algo que, aliás, nem seria de esperar, especialmente tratando-se de um modelo que pretende assumir-se como um rival directo de Porsche Taycan e Tesla Model S.
Por outro lado, esse será, também e certamente, um dos factores que a Xiaomi terá em consideração, no momento de escolher os países onde, além da China, pretende comercializar esta berlina topo de gama. Dos quais, ainda assim, farão certamente parte, pelo menos, alguns mercados europeus…