Com as restrições às emissões a crescerem a cada dia que passa, na Europa, a Toyota acaba de manifestar a sua confiança de que será capaz de atingir a neutralidade carbónica, no Velho Continente, o mais tardar, até 2040. Sendo que, no caso do CO2, o limite desce para 2035!
O reafirmar da confiança na obtenção deste objectivo, que tornará o maior construtor automóvel mundial neutral em termos de emissões de carbono, foi feito durante o evento anual da Toyota Europe, realizado em Kenshiki, no qual a Toyota declarou, ainda, estar no bom caminho para chegar a 2035 com uma redução de 100% nas emissões dos seus veículos comercializados na União Europeia, Reino Unido e EFTA – Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.
De resto, o fabricante garantiu, ainda, que, até 2030, todas as suas fábricas na Europa tornar-se-ão neutras em emissões de carbono, nomeadamente, através da redução dos consumos de energia sempre que possível, ao mesmo tempo que é promovida a transição para a utilização de energia verde e a redução, ou até mesmo eliminação por completo, das emissões de CO2.
Recordar que, neste esforço de eliminação das emissões, a Toyota tem vindo a apostar e ao contrário do que acontece com muitos rivais, centrados na Mobilidade Elétrica, numa abordagem multitecnológica e que passa, não apenas pelos veículos 100% elétricos (EV), como também pela solução do hidrogénio.
Aliás e no entender dos responsáveis do construtor automóvel nipónico, a solução mais correcta, neste momento, para reduzir as emissões de CO2, nos próximos 10 a 15 anos, passa por uma aposta nos EV, nos híbridos plug-in e nos híbridos simples. Isto, devido à atual escassez e consequente aumento dos custos dos materiais utilizados nas baterias, bem como à falta de infraestruturas.
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“Devemos fazer o que é melhor para o meio ambiente, que é extrair o máximo de redução de carbono de cada célula de bateria produzida, substituindo o maior número possível de veículos não eletrificados por eletrificados, guiados pelo princípio simples de que o inimigo é o carbono, não um trem de força específico”, comentou o cientista-chefe da Toyota Motor Corporation e diretor-executivo do Toyota Research Institute, Dr. Gill Pratt.
De resto, a Toyota utilizou a sua fábrica de Deeside, no Reino Unido, como exemplo para algumas das medidas que pretende implementar no sentido de alcançar a neutralidade carbónica, nas suas fábricas europeias, até 2030.
A unidade de Deeside tem instalado um conjunto de painéis solares cuja área ocupada equivale a 10 campos de futebol. Ao mesmo tempo, 90 por cento dos seus resíduos, são usados para gerar energia verde.
“Falando de uma forma geral, há duas áreas principais em que nos focamos: a primeira é a neutralidade carbónica e como planeamos alcançá-la nas várias áreas dos nossos negócios, e a segunda é e à medida que fazemos a transição de uma empresa de fabrico e venda de automóveis, para um provedor de serviços de mobilidade, o futuro da mobilidade”, afirmou o presidente e CEO da Toyota Motor Europe, Matt Harrison.