A Comissão Europeia está neste momento a elaborar uma lista, que contempla nove sistemas de assistência ao condutor, que esperam tornar obrigatórios em 2024.
Procurando reduzir os indicadores de sinistralidade rodoviária, a União Europeia vai obrigar as construtoras automóveis a incluir, de série, vários novos mecanismos de assistência ao condutor. Nesta lista estão previstos o sistema automático de travagem de emergência, o sistema de aviso da manutenção de faixa, câmaras ou sensores de marcha-atrás, monitores de alerta de sonolência. Para além destas funcionalidades, já disponíveis na gama de algumas marcas, a Comissão Europeia espera ainda que as construtoras desenvolvam volantes com sistema de bloqueio recorrendo aos etilómetros (ou alcoolímetros, vulgarmente conhecido como o teste do balão), e que implantem os sistemas automáticos de luzes de travagem e perigo.
A nona medida, e talvez a mais controversa, é o Sistema Inteligente de Assistência de Velocidade (ISA). Este programa utiliza sinais GPS para reconhecer e notificar o condutor do limite legal previsto, no troço em que circula. Para além do aviso, o ISA terá a possibilidade de automaticamente regular a velocidade, de acordo com os limites impostos.
Para além destas medidas, esta Comissão espera implementar um sistema de gravação de acidentes, muito semelhante a uma ‘caixa-negra’ de um avião. Desta forma, a reconstrução de um acidente seria mais eficaz, auxiliando na hora de apurar causas e responsabilidades. A ideia é que este sistema de gravação funcione nos mesmos moldes de um ‘backup’ automático, comum nos sistemas de informáticos.
Sobre esta nova legislação, que deve ir a votos em Setembro, a Comissão Europeia disse que ‘irá garantir que estes sistemas e funcionalidades são desenvolvidos de forma a que os condutores os aceitem”. Caso esta legislação seja aprovada, os construtores devem ter estes equipamentos disponíveis já em 2022, e posteriormente equipados em toda a gama em 2024. A Comissão sublinhou que estas são medidas necessárias no combate à sinistralidade rodoviária, pois em 2017 contabilizaram-se 25.300 vidas perdidas nas estradas europeias. Segundo os mesmos, a aprovação desta legislação deve traduzir-se em menos 25.000 mortes nas estradas até 2038.
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Fonte: Autoblog