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É a própria M que o assume. Futuro BMW M2 já será elétrico

Texto: Francisco Cruz
Data: 19 de Outubro, 2022

A notícia poderá desagradar aos fãs do modelo, mas a verdade é que a decisão estará já tomada: a atual geração BMW M2 deverá ser a última a exibir um motor exclusivamente de combustão. Quanto à próxima, não será sequer híbrida plug-in, mas elétrica!

A revelação desta decisão foi feita pelo próprio CEO da divisão M da BMW, Frank van Meel, em declarações à CarBuzz. Considerando que, até mesmo uma versão híbrida plug-in, sustentada num motor de combustão mais pequeno, acaba sendo um desafio demasiado grande, devido à perda do impulso elétrico, a partir do momento em que a bateria fica sem carga.

“A aplicação de uma solução híbrida plug-in, num desportivo pequeno, pode ser um problema de difícil resolução, uma vez que, este tipo de propostas, mesmo quando se tratam de híbridos plug-in, precisam de manter um certo nível de vigor, independentemente da parte elétrica estar ou não disponível”, afirma van Meel.

O novo BMW M2 deverá ser o último M a exibir um sistema de propulsão 100% a combustão, sendo que, o sucessor, já deverá ser 100% elétrico
O novo BMW M2 deverá ser o último M a exibir um sistema de propulsão 100% a combustão, sendo que, o sucessor, já deverá ser 100% elétrico

Com esta tomada de posição, a BMW M parece, assim, descarta uma solução já adoptada, por exemplo, pela rival Mercedes-Benz, que decidiu adoptar, para as suas versões AMG, como é o caso C63, um “mero” quatro cilindros 2,0 litros. Do qual consegue retirar, ainda antes do contributo do sistema elétrico, qualquer coisa como 476 cv de potência e 454 Nm de binário.

Contudo e mesmo tendo exemplos como este, a divisão de performance da BMW terá já tomado a decisão de não recorrer a motores de combustão de três ou quatro cilindros, ainda que com apoio elétrico, devido ao receio destes poderem mostrar-se insuficientes no desempenho, sempre que a componente elétrica se esgota.

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Por outro lado, fora de cogitações deverá estar, igualmente, a possibilidade de manter o atual seis cilindros em linha para além de 2030, devido não só aos regulamentos anti-emissões cada vez mais rígidos, como também à já conhecida decisão da União Europeia de acabar com a venda de veículos de combustão novos, a partir de 2035.

Assim e embora esta decisão apenas vá ter aplicação dentro de alguns anos, até porque a atual geração do BMW M2 acaba de ser apresentada e só deverá ver o seu ciclo de vida terminado lá mais para o final da década, o melhor, mesmo, é começar desde já a mentalização…