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Com total neutralidade carbónica. Astara Team avança para o Dakar 2024

Texto: Francisco Cruz
Data: 12 de Dezembro, 2023

Pelo terceiro ano, o Astara Team avança para o Dakar 2024 com o objectivo, não apenas da vitória na categoria T1.2 Ultimate, mas também de uma participação que, este ano, não deverá deixar qualquer peugada ambiental. Neste caso, graças à utilização de um combustível sintético de impacto ambiental nulo.

Depois da participação no Dakar 2021-2022 com uma mistura com 70% de incorporação de fontes de energia renovável, a que se seguiu a presença na edição de 2022-2023 com uma evolução do mesmo combustível, embora já com 90% de incorporação de energias renováveis, eis que a astara Team prepara-se agora para enfrentar o desafio que é uma das competições de automobilismo mais exigentes do mundo, com um combustível sintético completamente neutro em carbono.

Naquele que é mais um passo num projecto iniciado em 2021, com o propósito de competir ao mais alto nível, assumindo a sustentabilidade como elemento central, a equipa espanhola assume querer reduzir ainda mais mais a sua pegada de carbono na edição de 2024 do Dakar, nomeadamente e também, através da utilização de combustíveis, com origem em fontes renováveis, não somente nos astara 02 Concept de competição, como também em todos os seus veículos de apoio.

Sobre o novo combustível sintético, a astara garante ser totalmente neutro em termos de carbono, representando, também por isso, um impacto ambiental nulo, já que o CO2 emitido durante a combustão é o mesmo que o extraído do ar, durante o processo de produção. 

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Ao mesmo tempo, a solução não gera quaisquer resíduos ou micropartículas, além de ser 12% mais eficiente, em termos energéticos, que a gasolina.  

Combustível é motivação adicional

“O facto de sermos os primeiros constituiu uma motivação adicional. Em cada edição, adaptamos as melhores soluções de sustentabilidade disponíveis às exigências de um rali como o Dakar. Apesar das dificuldades, a cada ano que passa tornamo-nos cada vez mais competitivos”, comenta o diretor da astara Team, Óscar Fuertes. Acrescentando que, “o combustível sintético é fundamental para o nosso projeto porque permite-nos continuar a competir com um nível de desempenho muito elevado”.

Quanto ao astara 02 Concept, evolução do carro de competição com o qual a equipa correu o último Dakar, é a piloto Laia Sanz, única espanhola terminar todas as 13 edições do Dakar em que participou, que garante que se trata de “uma evolução extraordinária”, já que “é 100% neutro em emissões, mais leve e oferece melhor desempenho, enquanto cuida do meio ambiente”.

Ao volante do segundo astara 02 Concept, a piloto uruguaia Patricia Pita destaca, pelo contrário, a mentalidade da equipa, “diferente das outras”, já que, “embora ao comando de um automóvel de elevada potência, estamos ao mesmo tempo preocupados com o futuro que deixamos às gerações seguintes”.

Emissões para divulgar

A Astra Team propõe-se, de resto e no final da competição, “medir, divulgar e compensar as suas emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) resultantes de todas as suas restantes operações, tanto directas como indirectas”, utilizando, para tal, “o protocolo de medição de GEE” e a “certificação por organizações independentes reconhecidas”. 

Ao mesmo tempo, será “utilizada uma plataforma digital para partilhar e dar visibilidade aos dados de emissões de cada veículo em cada etapa, algo único entre as equipas participantes”, pode ler-se no comunicado.

A terminar, recordar apenas que a 46.ª edição do Rali Dakar realiza-se entre 5 e 19 de janeiro de 2024 e, pela quinta vez, na Arábia Saudita. Desta feita, ao longo de um percurso de cinco mil quilómetros, a começar nas intermináveis dunas de Al-Ula, até Yanbu, nas margens do Mar Vermelho.