Numa época de transição para a eletrificação, o Grupo Volkswagen vai analisar o futuro das marcas desportivas Lamborghini e Bugatti. A estratégia pode passar pela partilha de plataformas e tecnologias.
O Grupo Volkswagen está a analisar o futuro das marcas de elevadas prestações Lamborghini, Bugatti e Ducati no âmbito de uma estratégia para alcançar mais economias de escala, sobretudo numa altura em que a aposta passa pela produção em massa de veículos elétricos.
O conselho de administração da Volkswagen vai discutir a estratégia futura numa reunião em novembro e está a trabalhar numa nova lista de tarefas, uma vez que a companhia está a tentar mais do que duplicar seu valor para 200 mil milhões de euros.
Em cim da mesa está a parceria tecnológica nas marcas de automóveis desportivos Lamborghini e Bugatti e na marca de superbikes Ducati.
Recentemente correram rumores que a Volkswagen estava em conversações para vender a Bugatti ao fabricante croata especialista em automóveis desportivos elétricos Rimac.
O CEO da Lamborghini Stefano Domenicali vai abandonar o cargo para assumir a liderança da Fórmula 1 e isso veio aumentar mais a especulação acerca do futuro da marca.
Os executivos de topo afirmam que o Grupo Volksewagen, que também detém as marcas Volkswagen, Audi, Porsche, Seat e Skoda, está a procurar arranjar recursos para desenvolver plataformas elétricas para as marcas mais pequenas, ao mesmo tempo que investe milhares de milhões de euros para transformar os seus automóveis de grande produção.
Eletrificação e digitalização
A opção estratégica da Volkswagen está a ser preparada pelo CEO Herbert Diess que está a procurar novas formas para libertar fundos para compensar a iniciativa de redução de custos que bloqueada na Alemanha.
Numa entrevista recente, Herbert Diess recusou comentar a situação individual de cada marca de elevadas prestações, mas reconheceu que o Grupo Volkswagen, que também está presente nos camiões e autocarros, necessita de se reinventar para a nova era de veículos elétricos e autónomos.
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“Estamos constantemente a rever o nosso portefólio de marcas e isso ainda é mais verdade nesta fase de mudança profunda na nossa indústria”, comentou o CEO do Grupo Volkswagen.
“Numa perspetiva de disrupção do mercado temos de manter o foco e interrogarmo-nos sobre o que significa esta transformação para cada um dos membros do grupo”. “
As marcas têm de ser avaliadas em face das novas exigências, designadamente em áreas como a eletrificação, a digitalização e a conectividade dos veículos. Há um novo espaço de manobra e cada marca tem de encontrar o seu lugar”, acrescentou.