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Vendas de automóveis continuam no negativo, mas desaceleração é menor

Texto: Carlos Moura
Data: 2 de Setembro, 2022

As vendas de ligeiros de passageiros no mercado nacional entre janeiro e agosto ainda continuam no negativo, com uma quebra de 0,4%, mas a desaceleração já é menor. No mês de agosto assistiu-se mesmo a uma subida de 44%. Peugeot, Renault e Mercedes-Benz foram as marcas mais procuradas.

Os efeitos da crise nas cadeias de abastecimento e da guerra na Ucrânia continuam a ter um forte impacto no mercado automóvel, mas já se nota alguma recuperação. embora ténue. 

De acordo com dados da ACAP – Associação Automóvel de Portugal, entre janeiro e agosto de 2022 foram matriculados 101.293 ligeiros de passageiros, o que constitui uma ligeira quebra de 0,4% face aos 101.739 unidades em período homólogo do ano passado.

Mais positivos foram os dados relativos ao mês de agosto de 2022 que registou uma subida de 42,4%, tendo sido matriculadas 11.349 unidades contra as 7791 no mesmo mês do ano passado.

Peugeot mantém liderança

Por marcas verifica-se que a Peugeot continua a ser a marca mais vendida no mercado nacional, com 11.436 unidades matriculadas nos primeiros oito meses de 2022, um crescimento de 2,3% face a igual período de 2021. No segundo lugar surge a Renault, com 7301 veículos matriculados entre janeiro e agosto de 2022 relativamente a período homólogo do ano anterior.  

A pouca distância da Renault ficou a Mercedes-Benz com 7237 unidades nos oito primeiros meses de 2022, à frente da Toyota, que tem sido uma das marcas que tem conseguido crescer em Portugal neste período conturbado, graças às novidades na sua gama e à disponibilidade de veículos para entrega.

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Por tipos de energia, a ACAP indica que as alternativas já representam 38,4% das matrículas de ligeiros de passageiros novos entre janeiro e agosto de 2022. As motorizações a gasolina passaram a ter a maior expressão de vendas no mercado nacional, enquanto a procura de automóveis com motores a gasóleo têm vindo a diminuir drasticamente, não indo além dos 18,4%.

Em termos de veículos eletrificados, os híbridos “puros” (HEV) representam 16,0% do total, enquanto os elétricos a bateria (BEV) surgem a seguir com 9,9%, o que também se deve aos incentivos concedidos ao mercado empresarial. Os híbridos recarregáveis (PHEV) ficam a pouca distância, com 9,6% do total.