O ano de 2020 não está a ser famoso para o mercado automóvel em Portugal, que, segundo as estatísticas da ACAP, teve uma quebra de 38,4% até setembro.
O mercado automóvel português registou uma quebra nas vendas de 38,4% entre janeiro e setembro de 2020 em comparação com período homólogo do ano passado, segundo revelam as estatísticas da ACAP - Associação Automóvel de Portugal.
Nos primeiros nove meses deste ano foram matriculados 127.168 veículos novos. A maior quebra foi registada nos ligeiros de passageiros (-39,3%), que teve vendas acumuladas de 105.660 unidades, seguindo-se os pesados (-34,1%) e os ligeiros de mercadorias (-33,8%).
Renault mantém liderança incontestada
Por marcas, a Renault mantém a sua iderança no mercado nacional, com 13.036 unidades matriculadas nos primeiros meses de 2020. Todavia, face a período homólogo do ano passado a diminuição foi de 43,7%.
Em segundo lugar surge a Peugeot, que matriculou 11.509 unidades entre janeiro e setembro de 2020, estando a sua variação de vendas em linha com o mercado (-37,1%).

É conhecida a preferência dos portugueses pelas marcas premium e os dados conhecidos relativos aos primeiros nove meses deste ano revelam isso mesmo.
No lugar mais baixo do pódio aparece a Mercedes-Benz, com 10.289 unidades e uma quebra inferior à do mercado (-18,9%), surgindo logo a seguir a sua rival BMW, com 7278 unidades vendidas e uma variação negativa de 28%.
Na lista das cinco marcas mais vendidas surge mais uma insígnia do Grupo PSA, a Citroën, que comercializou 6182 unidades entre janeiro e setembro deste ano. A diminuição das vendas é que foi superior à média do mercado nacional, isto é, menos 46,5%.
Será de recordar que o mercado automóvel português teve a segunda maior queda percentual dos 27 países da União Europeia no passado mês de agosto.
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Para o ano em curso, a ACEA (Associação Europeia dos Construtores de Automóveis) prevê uma quebra do mercado, a nível europeu, entre 20 e 25%. A descida do mercado automóvel nacional está a ser superior à da média europeia.