Apesar dos efeitos da guerra na Ucrânia, mas também das dificuldades nas linhas de fornecimento, a Mercedes-Benz promete não tirar o pé do acelerador, no qual à Mobilidade Eléctrica diz respeito. Pelo contrário, a marca da estrela vai investir mais de mil milhões de euros na adaptação de todas as suas fábricas à produção de baterias, trens de força elétricos e até eixos eletrificados. Já para 2024.
A notícia foi avançada pela Automotive News Europe, acrescentando que, tanto as fábricas alemãs de Kamenz e Untertürkheim, como a unidade de produção em Pequim, na China, locais onde já são montadas baterias para os atuais veículos elétricos e híbridos plug-in Mercedes-Benz, vão passar a produzir também as baterias para as futuras plataformas MMA e MB.EA.
Além destas, também uma nova unidade localizada em Kölleda, na Alemanha, deverá juntar-se ao esforço de produção de baterias, podendo vir a contar, inclusivamente, com o apoio do governo regional da Turíngia.

Quanto aos trens de força elétricos para as novas plataformas, vão ser produzidos não apenas em Untertürkheim e Pequim, como também em Sebes, na Roménia. Sendo que, tanto Hamburgo, como Untertürkheim, continuarão a ser locais de produção líderes na montagem de eixos e componentes elétricos.
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Graças ao investimento que suplantará os mil milhões de euros, todas as fábricas europeias da Mercedes-Benz passarão a participar no esforço de produção de veículos elétricos, já a partir de 2024.
Sindelfingen como ponta da lança
A Automotive News recorda, ainda, que esta transformação resulta, igualmente, do acordo obtido junto das comissões de trabalhadores e de gestão, no passado mês de junho, para que as fábricas europeias de concepção tradicional, pudessem ser adaptadas para passarem a produzir veículos elétricos.
Desta forma, Sindelfingen, na Alemanha, passa a figurar como o local por excelência para produção de veículos elétricos de ponta, tecnologicamente falando, e que são baseados na plataforma AMG.EA, enquanto Bremen (Alemanha) e Kecskemet (Hungria) assumem a responsabilidade de produzir os elétricos de luxo.

A fábrica húngara, tal como Rasttat, na Alemanha, ficarão encarregues de montar os elétricos de entrada de gama.
No entanto e apesar desta reorganização, decorrente da decisão do fabricante de redireccionar as suas vendas exclusivamente para os modelos elétricos, o mais tardar, até 2030, e isto "nos mercados onde as condições o permitam", a Mercedes-Benz deixou já e igualmente, a garantia, de que pretende continuar a produzir, nalgumas destas unidades, componentes para os seus automóveis de combustão.