Alcançado o acordo na Europa, a Ferrari veio já comentar a continuação dos motores de combustão, na União Europeia, no pós-2305, considerando-a "muito interessante". Desde logo, por permitir que este tipo de propulsores "vivam para lá de 2036".
O comentário foi feito pelo CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, em declarações à agência noticiosa Reuters, nas quais reconheceu a importância do acordo agora alcançado na União Europeia e que permite que os motores de combustão, em veículos novos, possam continuar a ser comercializados dentro das fronteiras da UE, para além de 2035, desde que funcionando exclusivamente com combustíveis neutros em CO2.
Para a Ferrari, esta decisão significa, segundo Vigna, que, "além dos carros elétricos, também poderemos continuar com os nossos motores de combustão interna", o que "é uma boa notícia para nós, enquanto empresa".
Ainda assim e apesar do acordo agora alcançado, o CEO da Ferrari garante que o fabricante não pensa reajustar o seu plano de negócios e que a transição para a mobilidade elétrica continuará. Desde logo, devido à vontade de dar a liberdade de escolha aos clientes, pois, afiança Vigna, "não queremos dizer aos clientes que tipo de carro escolher. Queremos, sim, disponibilizar três tipos de propulsão - híbridos, elétricos e a combustão - e, a partir daí, eles escolherão".
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Por outro lado, qualquer alteração significativa na estratégia já elaborada pela empresa, poderia significar prejuízos inesperados. Sendo que, "o valor que dei [em 2022] de 4,4 mil milhões de euros para despesas de capital no período 2022-2026, é suficiente para avançarmos, tanto com a eletrificação, como com os veículos com motores a combustão alimentos por e-fuel", garantiu o mesmo responsável.
Ou seja, a promessa é de que, mesmo com a eletrificação, o acordo agora encontrado no seio da União Europeia vai permitir à marca do 'Cavallino Rampante' fazer ouvir os seus sonoros motores de combustão, durante bem mais do que uma década...