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Alemanha pede à UE regras para uso do e-fuel na combustão para lá de 2035

Texto: Francisco Cruz
Data: 1 de Março, 2023

Numa altura em que a proibição de comercialização de automóveis novos a combustão no espaço europeu, já a partir de 2035, parece cada vez mais inevitável, a Alemanha pediu à União Europeia (UE) regras que permitam a continuação da venda deste tipo de veículos, para lá a data atrás citada, desde que consigam funcionar a combustíveis neutros em CO2, também conhecidos como e-fuel.

A notícia foi avançada pela Automotive News Europe, com base em declarações do ministro de Estado dos Transportes da Alemanha, Michael Theurer, após uma reunião com os congéneres da União Europeia, em Estocolmo.

“A comissão deve apresentar uma proposta [sobre] como os combustíveis sintéticos poderão vir a ser utilizados ou como os motores de combustão, que funcionam com combustíveis neutros para o ambiente, poderão continuar a existir”, afirmou o governante de um país da União Europeia que, recorde-se, possui a maior e mais forte indústria automóvel, no seio dos 27.

O e-diesel, aqui apresentado, é produzido recorrendo ao ar, água e electricidade verde
O e-diesel, aqui apresentado, é produzido recorrendo ao ar, água e electricidade verde

De resto, vale a pena também recordar que a Porsche, um dos mais emblemáticos fabricantes automóveis da Alemanha, tem sido, igualmente, uma das marcas que mais tem apostado no desenvolvimento dos combustíveis sintéticos, ou e-fuels.

Nas declarações agora divulgadas, Theurer garantiu ainda que a Alemanha está convencida de que os veículos elétricos a bateria são “o caminho a seguir”, embora gostasse de ver também apoiadas outras soluções livres de CO2.

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“Precisamos da tecnologia de hidrogénio, assim como dos e-combustíveis, em particular, nos veículos pesados e no transporte rodoviário”, afirmou o ministro alemão.

De resto e a apoiar a posição agora manifestada pela país que é também o principal motor económico na União Europeia, a posição entretanto manifestada pela Comissária dos Transportes da UE, a romena Adina-Ioana Valean, na qual defendeu que “a discussão [sobre as novas soluções de propulsão] não está encerrada, embora a votação já tenha sido realizada”.