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FCA comprou créditos de CO2 no valor de 300 milhões de euros em 2020

Texto: Carlos Moura
Data: 8 de Março, 2021

Para compensar as emissões, a FCA comprou créditos de CO2 no valor de 300 milhões de euros em 2020. Grande parte desse valor foi para a Tesla, que obtém maiores rendimentos na venda de créditos do que na sua operação.  

A FCA (Fiat Chrysler Automobiles) revelou ter gasto mais de 300 milhões de euros em créditos verdes no ano passado na Europa e grande parte desse valor foi para a Tesla.

Em 2019, a FCA comprometeu-se a pagar cerca de dois mil milhões de dólares em créditos regulatórios até final de 2021.

O administrador financeiro da Stellantis Richard Palmer afirmou durante uma conferência com investidores que o fabricante espera gastar ligeiramente menos este ano em créditos relativamente a 2020 para evitar pesadas multas devido a emissões de dióxido de carbono. “

Tivemos custos com créditos em 2020 de aproximadamente 300 milhões de euros na Europa e maior parte desse valor foi para a Tesla”, afirmou, acrescentando que a despesa vai ser inferior este ano, “mas não significativamente”.

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Os fabricantes que procuram cumprir os rígidos limites de emissões de dióxido de carbono na Europa podem comprar créditos regulatórios aos concorrentes que os cumprem para diminuírem ou evitarem por completo as multas impostas pela União Europeia.

Tesla lucra com venda de créditos

A venda de créditos aos outros fabricantes automóveis representa uma parte considerável das receitas da Tesla, à medida que a marca de veículos elétricos se orienta para uma rendibilidade sustentada.

No no passado, a Tesla obteve uma receita de 1,33 mil milhões de euros com a venda desses créditos, quase o triplo o lucro de 605 milhões de euros no mesmo ano.

Tesla Gama

A FCA não é o único fabricante a comprar créditos à Tesla. A Honda também comprou créditos à marca de elétricos fundada por Elon Musk.

À medida que mais fabricantes lançam os seus próprios veículos elétricos, as receitas da Tesla de vendas de créditos deverá diminuir. A possibilidade das normas relacionadas com dióxido de carbono se tornarem mais exigentes significa que ninguém poderá prever o futuro, nem mesmo a Tesla.