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Com motor V10. Eis o M5 CSL com 630 cv que a BMW nunca chegou a produzir

Texto: Carlos Moura
Data: 6 de Agosto, 2022

A BMW trabalhou num M5 CSL E60, equipado com motor V10 atmosférico de 5,7 litros com 630 cv, que acabou por nunca lançar no mercado. Tudo indica que o regime de rotação máximo poderia chegar às 9000 rpm.

Para assinalar o 25º aniversário do BMW M5 em 2009, a marca alemã admitiu lançar uma das suas berlinas mais especiais de sempre. Na sequência do 50º aniversário da BMW Motorsport – e já depois da introdução do BMW M4 CSL – a divisão desportiva da marca germânica revelou alguns dos projetos mais especiais da sua história e que nunca viram a luz do dia. Um deles foi o BMW M5 CSL E60, com motor V10 e mais de 600 cv de potência.

Aquele veículo deveria ter sido lançado para celebrar o 25º aniversário da primeira berlina da BMW Motorsport e que tinha por base uma versão muito especial do BMW M5 E60, já que contava com um motor V10 atmosférico de 5,0 litros, desenvolvido a partir da experiência da marca na Fórmula 1. 

Aquele bloco, que não esteve isento de problemas mecânicos, conseguia atingir as 8000 rpm e debitava 507 cv sem recurso a qualquer sistema de sobrealimentação. Nos Estados Unidos chegou mesmo a ser associado a uma caixa de velocidades manual.

Redução de peso

O BMW M5 E60 original conseguia acelerar dos 0 aos 100 km/h em 4,7 segundos e estava equipado com a última evolução da caixa automatizada SMG-III. Todavia, acusava na balança mais de 1850 kg e não tinha a mesma agilidade dos seus antecessores.

A BMW decidiu, por isso, aligeirar o BMW M5 com o CSL. Os engenheiros bávaros conseguiram retirar 150 quilos ao peso do carro, que diminui para cerca de 1700 quilos.

Entre outras medidas, o tecto original foi substituído por um outro em fibra de carbono, o que também viria a suceder no BMW M3 CSL E46.

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O motor V10 atmosférico original foi profundamente alterado pela BMW Motorsport, o que se também traduziu num aumento da cilindrada para 5,5 e 5,7 litros. Neste último caso, o regime de rotação chegou mesmo às 9000 rpm, isto é, mais 1000 rpm do que na versão de 5,0 litros. O sistema de admissão era em fibra de carbono.

A potência inicial de 507 cv subiu para os 630 cv, o que significa que era quase tão potente do que o atual BMW M5 CS e provavelmente mais do que o motor S70/2 do McLaren F1. 

As modificações incluíam ainda uma caixa de dupla embraiagem que estava a ser desenvolvida pela BMW e pela Getrag, a qual acabaria por ser introduzida no BMW M3 E92, e aproveitaram por substituir a melhorável SMG-III pela DKG. Se tivesse sido lançado no mercado, este veículo deveria ter sido superdesportivo.

A BMW nunca explicou porque motivo nunca introduziu este veículo no mercado, mas tudo aponta para razões económicas e não técnicas.