Volkswagen ID.3: Bateria com pouca degradação após 160 mil km

Uma das principais objeções levantadas à mobilidade elétrica por muitos dos seus críticos consiste na durabilidade da bateria e capacidade da mesma após alguns anos de utilização. A insuspeita ADAC - Associação de Automobilistas da Alemanha efetuou recentemente um estudo com o Volkswagen ID.3  Pro S para comprovar se aquelas alegações tinham fundamento e qual o estado da bateria após um uso intensivo.

Assim, os engenheiros da ADAC do Centro de Testes e Tecnologia em Landsberg am Lech, na Alemanha, efetuaram um teste de resistência, tendo percorrido mais de 160 mil quilómetros sem terem quaisquer preocupações com a poupança da bateria. Para atingirem aquela quilometragem no menor tempo possível recorreram a pontos de carga rápida em mais de 40% das sessões de carregamento.

Além disso não seguiram as recomendações habituais e deixaram o ID.3 no posto de carregamento com carga completa entre viagens de teste e, por vezes, durante vários dias consecutivos.

O resultado final não deixa de ser surpreendente porque ao final de 160 mil quilómetros, isto é, o equivalente a oito anos de utilização, a bateria de alta tensão com 77 kWh úteis do Volkswagen ID.3 ainda tinha 91% da sua capacidade.

Atualizações de software devem ser instaladas

Aquele teste de resistência foi o primeiro do género realizado pela ADAC num modelo da família ID. Entre as sessões de condução, o veículo foi submetido a verificações regulares pelos engenheiros do Centro de Testes e Tecnologia da Bateria, designadamente no que se refere ao estado da bateria.

A ADAC recomenda aos proprietários para instarem sempre as atualizações de software, sublinhando que durante o teste de resistência o hatchback elétrico da Volkswagen recebeu várias, incluindo o Planeador de Itinerários para Veículos Elétricos, o qual calcula as paragens para carregamento ao longo de percursos mais longos, garantindo a chegada ao destino no menor tempo possível.

Para além do estado de carga da bateria, o sistema também leva em consideração a situação atual do trânsito e as respetivas previsões. As atualizações incluíram, além de diversas correções de erros, o aumento da capacidade de carregamento até 170 kW.

A ADAC acrescenta que as atualizações também tiveram um impacto positivo no consumo de energia e, consequentemente, na autonomia. Em especial, o novo software melhorou de forma significativa o consumo de energia em percursos curtos e em temperaturas de inverno, entre 0 e 5 °C.

Entre os outros aspetos referidos pelos técnicos da ADAC destaque para o bom estado da carroçaria e do chassis, após muitos quilómetros. Os eixos, a suspensão e a direção lidaram bem com o peso do veículo, sem apresentar quaisquer problemas ou desgaste significativo.