A start-up Vay vai utilizar a "telecondução", que envolve seres humanos a controlarem remotamente os carros com o volante a partir de estações físicas a quilómetros de distância, naquilo que constitui uma fase intermédia até à condução totalmente completa.
A empresa alemã Vay tornou-se a primeira na Europa a ser autorizada a deslocar um veículo pelos seus próprios meios sem um ser humano a bordo numa estrada pública europeia. Para esta start-up, este é um marco histórico porque abre caminho à disponibilização de um serviço de mobilidade controlado remotamente dentro de alguns meses.
A Vay está a desenvolver a "telecondução", que envolve a participação de seres humanos a conduzirem remotamente os automóveis remotamente a partir de estações físicas, naquela que é uma fase intermédia até uma condução totalmente autónoma.

As expetativas acerca do lançamento iminente de um elevado número de carros-robot baixaram mesmo após o investimento de quase 100 mil milhões de euros nesta tecnologia.
A start-up alemã referiu que iniciou a "telecondução" em rotas pré-definidas em Hamburgo, após autorização da autoridade portuária. Embora esteja a testar a tecnologia há mais de três anos, a Vay era obrigada a ter um condutor a bordo de um dos seus veículos elétricos modificados da Kia por uma questão de segurança.
Veículos conduzidos remotamente
"Vamos agora trabalhar com as autoridades nas próximas fases para depois disponibilizar este serviço a terceiros", afirmou ªa Bloomberg News o CEO da Vay, Thomas von der Ohe, que anteriormente trabalhou na start-up de condução autónoma Zoox. "Estamos a falar de meses e não de anos", sublinhou.
O serviço da Vay é baseado em telecondutores que entregam veículos elétricos aos clientes que pretendem que as viaturas cheguem ao destino pelos próprios meios, dispensando a necessidade de as levantarem fisicamente.
Os telecondutores têm de assumir o comando remoto dos veículos, levando-os até ao destino. A start-up obteve um financiamento de aproximadamente de milhões de euros de investidores como o antigo responsável financeiro da Google Patrick Pichette e do fundo de capitalização Atomico.