Depois das suspeitas levantadas quanto aos resultados obtidos na primeira tentativa de bater o recorde do mundo de velocidade, eis que o SSC Tuatara já voltou à estrada, para nova tentativa. Mas que, infelizmente, acabou frustrada, por problemas de motor.
Segundo revela o Youtuber Robert Mitchell, convidado pela própria SSC North America (Shelby SuperCars North America) para presenciar aquela que terá sido a segunda tentativa da marca norte-americana de bater o recorde do mundo de velocidade, a tentativa teve lugar, nos dias 12 e 13 de dezembro, numa pista cujo nome não foi revelado, localizada no estado norte-americano da Flórida.
Evento para o qual também foi convidado outro conhecido Youtuber, Shmee150, o qual acabou, no entanto, não marcando presença, devido às restrições relacionadas com o COVID-19, Mitchell foi, assim, um dos poucos a testemunhar mais esta tentativa da SCC. Da qual, por não ter sido autorizado a recolher quaisquer imagens, conta, no vídeo que aqui reproduzimos, tudo aquilo que viu.
Assim e sobre a tentativa propriamente dita, Mitchell destaca os esforços feitos pelo fabricante para que tudo corresse de forma límpida e transparente, com a marca a optar, inclusivamente e ao contrário do que aconteceu na primeira tentativa, por entregar a condução, não a um piloto profissional, mas ao próprio proprietário do SSC Tuatara já utilizado da primeira vez.
Inicialmente agendada para dia 12, a tentativa de bater o recorde acabou adiada para o dia seguinte. Primeiro, devido ao pouco tempo de habituação que o condutor - o qual teria alguma experiência de corrida - tinha tido, até aí, ao volante do SSC Tuatara, sendo que, depois, até mesmo os testes que a equipa pensou fazer, nesse primeiro dia, acabaram anulados, devido ao surgimento da chuva.
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Infelizmente para a Shelby SuperCars, as coisas não correram melhor no dia 13, já que, embora com o bom tempo de volta e o SSC Tuatara totalmente apetrechado com todo o tipo de eletrónica e sensores de monitorização da velocidade, localização e outros parâmetros, o superdesportivo americano começou a dar sinais de sobre-aquecimento do motor.
Mitchel recorda que, só sistemas GPS, eram cinco, mais dois sistemas Racelogic, estes últimos, monitorizados pela própria equipa oficial da Racelogic. Equipamentos de verificação da velocidade que obrigavam à instalação de um sem-número de fios entre o cockpit e o motor, e que acabaram dando origem a outro problema: com a velocidade, a tampa do motor teimava em abrir, devido à pressão feita pelos cabos. O que também acabou levando ao desconectar de alguns dos equipamentos de controlo da temperatura e, consequentemente, a um aumentar da mesma no motor.
Resultado: o calor acabou conduzindo a uma falha em duas velas de ignição, torpedeando aquela que seria a última tentativa do dia!
Fechado o dia, ficam para a estória os 404,2 km/h obtidos pelo SSC Tuatara, como velocidade mais alta registada, ainda que e segundo revela Mitchell, com uma pequena atenuante: o supercarro americano terá feito esta tentativa em modo de potência limitada. Explicação? Devido a todo o processo ter sido feito no mesmo dia, com a adaptação do piloto a carro, com acelerações a fundo, a acontecer antes das tentativas de bater o recorde, o motor do Tuatara terá entrado em modo de protecção, limitando o funcionamento a apenas seis cilindros - e não os oito... -, assim como a potência disponível!
https://youtu.be/Env-uFvSydI
Seja como for, Mitchell termina o vídeo afirmando que, daquilo que viu, acredita que o SSC Tuatara será capaz de bater o recorde do mundo de velocidade. A próxima - a terceira - tentativa já estará, de resto, a ser planeada, pelo que, basta, apenas, que o dia lhe corra melhor...