Conhecida a intenção de correr em Le Mans com o seu novo modelo de competição 007, a norte-americana Scuderia Cameron Glickenhaus (SCG) revela, agora, pretender construir uma versão de estrada do carro, a baptizar de 007S. A qual, no entanto e para ser viável, precisa de, pelo menos, 24 encomendas, cada uma a valer dois milhões de euros.
O anúncio foi feito pelo fundador e CEO da Scuderia Cameron Glickenhaus (SCG), James Glickenhaus, que, em declarações na rede social Facebook, revelou que objectivo passa por aprovar a utilização desta nova versão, desde logo, nas estradas norte-americanas. E, se possível, também para as europeias, do Médio Oriente e Japão.
A justificar esta intenção, surge a necessidade de fazer, pelo menos, 24 exemplares do modelo, de forma a que o projecto possa ser viável. Sendo que, no caso da empresa não conseguir esse número de encomendas, até pelo valor que o fabricante fixou como preço base - 2,3 milhões de dólares, qualquer coisa como 1,94 milhões de euros -, a SCG compromete-se, desde já, a devolver o sinal a todos os clientes que tenham reservado uma unidade.

Sobre a versão de estrada do SCG 007, o fabricante revela que manterá a configuração de condutor colocado em posição central, com um banco para passageiro de cada um dos lados.
Exteriormente, o carro manterá o mesmo pack aerodinâmico aplicado na versão de corridas para Le Mans.
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Quanto ao motor, James Glickenhaus não quis revelar qual a potência específica que a versão de estrada ostentará, embora o objectivo inicial, já anunciado, seja um valor a rondar os 1.420 cv. Algo que não deixa de ser surpreendente, se pensarmos que o V8 3.5 litros Twin-Turbo do 007 Le Mans não vai além dos 680 cv. Beneficiando, contudo, do facto de pesar apenas 1.270 kg.
Uma vez que todos os modelos da SCG são concebidos, de base, para a competição, também a versão de estrada 007S será proposta com macacos pneumáticos, de forma a que, caso o desejem, os proprietários possam substituir mais facilmente as rodas, quando em circuito.

De resto, o objectivo é que o carro consiga fazer 100 voltas a uma pista de corridas e, depois, consiga voltar, tranquilamente e pelos seus próprios meios, para casa, revela a SCG.
Finalmente e caso a empresa consiga reunir as 24 encomendas desejadas, James Glickenhaus avança que as entregas das primeiras unidades terão lugar dois anos após o início da produção, com as vendas a terem lugar, nos EUA, através dos concessionários autorizados da marca de hiperdesportivos norte-americana.