Estudo. Metade dos proprietários de elétricos quer voltar à combustão

De acordo com um estudo recente, quase metade dos proprietários de veículos elétricos dos Estados Unidos quer voltar para a combustão

De acordo com um estudo recente, quase metade dos proprietários de veículos elétricos dos Estados Unidos quer voltar para a combustão. A deficiente infraestrutura de carregamento é um dos motivos que afasta as pessoas dos elétricos, problema que também se coloca na Europa. 

Respondendo à pressão de políticos e ambientalistas, as marcas iniciaram um processo de transição energética das suas gamas com o objetivo de se tornarem totalmente elétricas. Algumas estabeleceram mesmo metas para acabarem com a produção de automóveis de com motor de combustão. 

Contudo, o cenário parece não ser tão idílico como parecia à primeira vista e algumas marcas já estão mesmo a reavaliar o futuro. 

As vendas começam a diminuir para algumas marcas, mas não para todas, enquanto o interesse dos consumidores está a arrefecer. Entretanto, muitos proprietários de veículos elétricos admitem voltar a mudar para a combustão. 

De acordo com o estudo "Mobility Consumer Pulse" de 2024 da consultora McKinsey & Co, cerca de 46% dos proprietários de veículos elétricos nos Estados Unidos quer mudar para automóveis a gasolina devido à deficiente infraestrutura de carregamento contra uma média de 29% no resto do mundo. 

Infraestrutura insuficiente

A nível mundial o referido estudo indica que 35% dos inquiridos responderam que a rede pública ainda não é suficientemente boa. 34% afirmam que os custos de utilização dos elétricos continuam demasiado elevados, enquanto 32% disseram que os elétricos tiveram demasiado impacto nos seus padrões de condução em longas viagens.

A rede de carregamento está a crescer, o que poderá eliminar as críticas dos proprietários. Nos Estados Unidos já existiam 183 mil carregadores públicos. Na União Europeia, um estudo da ACEA refere que foram instalados 150 mil postos de carregamento públicos em 2023, quando deveriam ter sido 630 mil. Isto consiste numa diferença de 430 mil para se alcançar o objetivo de Bruxelas até 2035.

Foto: Turbo

Entre as outras razões apontadas para a mudança para a combustão inclui-se a incapacidade para carregar em casa (24%), a ansiedade relativa ao carregamento (21%) e os requisitos de mobilidade de carregamento (16%). Apenas 13% disseram não gostar da experiência de condução. Algumas pessoas apenas gostam de conduzir um carro de combustão, como 18% dos inquiridos nos Estados Unidos e 28% na Alemanha.

Marcas com estratégias diferentes

O estudo também revela porque motivo as marcas têm estratégias diferentes na transição para a mobilidade elétrica. O crescimento e o desejo de mudança não são iguais em todo o mundo e alguns mercados estão a adotar a mobilidade elétrica mais depressa do que outros, deixando as marcas numa posição difícil para responder a um vasto leque de necessidades em todo o mundo.

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Diz a ACEA. Postos de carregamento para elétricos não chegam

Curiosamente, os norte-americanos até não são aqueles que mais querem voltar a mudar para a gasolina. Em primeiro lugar nesse capítulo surge a Austrália, um país conhecido pelo seu vasto interior, onde 49% dos proprietários de elétricos estão a considerar regressar à bomba.

Outros países estão abaixo da média como a Itália (15%), França (18%), Alemanha (24%) e China (28%). O Brasil junta-se aos Estados Unidos e à Austrália na lista de países que estão acima da média mundial, com 38%.

De acordo com um estudo recente, quase metade dos proprietários de veículos elétricos dos Estados Unidos quer voltar para a combustão. A deficiente infraestrutura de carregamento é um dos motivos que afasta as pessoas dos elétricos, problema que também se coloca na Europa. 

Respondendo à pressão de políticos e ambientalistas, as marcas iniciaram um processo de transição energética das suas gamas com o objetivo de se tornarem totalmente elétricas. Algumas estabeleceram mesmo metas para acabarem com a produção de automóveis de com motor de combustão. 

Contudo, o cenário parece não ser tão idílico como parecia à primeira vista e algumas marcas já estão mesmo a reavaliar o futuro. 

As vendas começam a diminuir para algumas marcas, mas não para todas, enquanto o interesse dos consumidores está a arrefecer. Entretanto, muitos proprietários de veículos elétricos admitem voltar a mudar para a combustão. 

De acordo com o estudo "Mobility Consumer Pulse" de 2024 da consultora McKinsey & Co, cerca de 46% dos proprietários de veículos elétricos nos Estados Unidos quer mudar para automóveis a gasolina devido à deficiente infraestrutura de carregamento contra uma média de 29% no resto do mundo. 

Infraestrutura insuficiente

A nível mundial o referido estudo indica que 35% dos inquiridos responderam que a rede pública ainda não é suficientemente boa. 34% afirmam que os custos de utilização dos elétricos continuam demasiado elevados, enquanto 32% disseram que os elétricos tiveram demasiado impacto nos seus padrões de condução em longas viagens.

A rede de carregamento está a crescer, o que poderá eliminar as críticas dos proprietários. Nos Estados Unidos já existiam 183 mil carregadores públicos. Na União Europeia, um estudo da ACEA refere que foram instalados 150 mil postos de carregamento públicos em 2023, quando deveriam ter sido 630 mil. Isto consiste numa diferença de 430 mil para se alcançar o objetivo de Bruxelas até 2035.

Foto: Turbo

Entre as outras razões apontadas para a mudança para a combustão inclui-se a incapacidade para carregar em casa (24%), a ansiedade relativa ao carregamento (21%) e os requisitos de mobilidade de carregamento (16%). Apenas 13% disseram não gostar da experiência de condução. Algumas pessoas apenas gostam de conduzir um carro de combustão, como 18% dos inquiridos nos Estados Unidos e 28% na Alemanha.

Marcas com estratégias diferentes

O estudo também revela porque motivo as marcas têm estratégias diferentes na transição para a mobilidade elétrica. O crescimento e o desejo de mudança não são iguais em todo o mundo e alguns mercados estão a adotar a mobilidade elétrica mais depressa do que outros, deixando as marcas numa posição difícil para responder a um vasto leque de necessidades em todo o mundo.

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Curiosamente, os norte-americanos até não são aqueles que mais querem voltar a mudar para a gasolina. Em primeiro lugar nesse capítulo surge a Austrália, um país conhecido pelo seu vasto interior, onde 49% dos proprietários de elétricos estão a considerar regressar à bomba.

Outros países estão abaixo da média como a Itália (15%), França (18%), Alemanha (24%) e China (28%). O Brasil junta-se aos Estados Unidos e à Austrália na lista de países que estão acima da média mundial, com 38%.