A substituição do para-brisas de uma viatura tornou-se uma operação muito mais delicada, por implicar cuidados especiais com a calibragem dos dispositivos de ADAS, para que a segurança não fique em causa. Saiba como deve ser feito.
Parece simples, mas não é. A substituição ou reparação de um para-brisas exige certos cuidados, pois se não for realizada com a máxima eficiência, pode ter consequências graves ao nível da segurança.
O mau funcionamento do airbag, o abatimento do teto em caso de capotamento ou até falhas nos sistemas avançados da direção assistida ou de ajudas à condução são desfechos que se podem evitar, com formação especializada.
As pessoas, a metodologia, as ferramentas, os materiais e a calibração numa intervenção deste âmbito, fazem toda a diferença quando se fala em segurança na montagem e reparação de um para-brisas.
Por exemplo, o "airbag" do passageiro apoia-se no para-brisas quando acionado em caso de acidente. Ora, se o vidro for incorretamente montado, a força do "airbag" pode arrancá-lo do automóvel e fazer com que a bolsa de ar proteja adequadamente o passageiro.
Por outro lado, também pode suceder que o suporte do teto do carro ceda em caso de capotamento. E convém não esquecer que as câmaras dos sistemas ADAS de segurança ativa normalmente estão montadas por trás do para-brisas.
Assim, quando se substitui o para-brisas, as câmaras devem ser removidas e montadas de novo. Uma vez instaladas e montado o novo para-brisas, precisam de ser recalibradas para garantir que trabalham com a máxima precisão e não originam erros na operação dos sistemas de segurança.
Fatores de sucesso na montagem
Para que se verifique a máxima segurança na montagem de um para-brisas, há uma série de fatores que a Carglass revela serem fundamentais:
– Os recursos humanos são verdadeiramente a chave do sucesso de qualquer empresa, mas para ter técnicos altamente qualificados há que apostar num eficaz sistema formativo e numa metodologia de trabalho organizada;
– A metodologia de trabalho posta em prática na montagem ou reparação de um para-brisas é a mesma em qualquer parte do Mundo, utilizando as mesmas ferramentas e processos, assegurando a segurança quer dos técnicos, quer dos clientes;
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– As ferramentas assumem também um papel decisivo e, para uma maior eficácia, normalmente são exclusivas das empresas;
– Os materiais devem ser de qualidade, trabalhando sempre com vidros de fabricantes de primeiro equipamento, já que garantem a qualidade do OEM. Além disso, deve utilizar-se um poliuretano de alta qualidade e de rápida colagem, bem como uma resina específica para reparação, visto que assegura maior durabilidade e transparência ao longo do tempo;
– A calibração é cada vez mais importante, visto que os automóveis mais recentes vêm equipados com diversos sistemas ADAS, que implicam a utilização de câmaras instaladas no para-brisas. Estas devem ser recalibradas após a substituição do mesmo, necessitando para isso da mais recente tecnologia e de técnicos capacitados para a efetuar.
O tempo em que substituir um para-brisas era só trocar um vidro… já lá vai!