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Três mil milhões de euros. Panasonic vende a sua participação na Tesla

Texto: Carlos Moura
Data: 28 de Junho, 2021

A Panasonic decidiu vender sua participação na Tesla por três mil milhões de euros, mas vai manter a sua ligação ao fabricante norte-americano de automóveis elétricos, estando mesmo prevista a produção da nova célula de bateria 4680, apresentada no ano passado.

A tecnológica japonesa Panasonic vendeu a sua participação na Tesla por três mil milhões de euros. Esta alienação permitiu a obtenção de uma excelente mais-valia, uma vez que a Panasonic adquiriu 1,4 milhões de ações da Tesla por 25,14 milhões de euros há mais de dez anos.

A parceria com a Tesla para a produção de baterias para automóveis não será afetada por esta venda, mas a alienação ocorre numa altura em que o fabricante de veículos elétricos está a procurar diversificar a sua cadeia de abastecimento de baterias.

O negócio de baterias da Panasonic é dominado pela Tesla, mas a relação entre as duas empresas tem conhecido alguns momentos de tensão. A marca norte-americana deixou de comprar as células de baterias apenas à Panasonic, passando a adquirir também à LG Energy Solution e à CATL. 

Ligações à CATL e à Panasonic

A tecnológica chinesa planeia construir uma grande fábrica com uma capacidade anual de 80 GWh na proximidade da fábrica da Tesla em Xangai. De acordo com fontes conhecedoras do processo, as células produzidas na futura fábrica da CATL serão integradas diretamente no chassis dos automóveis elétricos, isto é, se a fábrica for mesmo construída. A CATL anunciou a correspondente tecnologia “célula para chassis” no ano passado.

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Todavia, a Panasonic também pretende manter a ligação à Tesla. A empresa nipónica revelou, no início do ano, que iria começar a produzir protótipos para a nova célula de bateria 4680 apresentada pela Tesla durante o “Battery Day”. A produção deverá arrancar até final do ano.

A linha de produção do protótipo está a ser construída numa fábrica já existente. A localização mais provável é a Gigafactory 1 no Nevada, projeto que representa um investimento de dezenas de milhões de euros.

A Tesla apresentou sua célula de bateria maior e mais potente, denominada 4680, em setembro do ano passado. A designação refere-se tradicionalmente às dimensões na Tesla: o diâmetro da célula é de aproximadamente 46 milímetros e o comprimento de 80 milímetros.

As novas células não só deverão melhorar a autonomia e as prestações dos automóveis elétricos, mas também deverão ter um custo inferior por kilowatt / hora, reduzindo significativamente o custo de investimento na sua produção.