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Depois de 11 anos ao serviço. Mitsubishi despede-se do i-MiEV

Texto: Redação
Data: 6 de Outubro, 2020

Apontado como um dos primeiros veículos 100% elétricos de produção em massa a ser comercializados, o pequeno Mitsubishi i-MiEV vai deixar o seu lugar vago, no mercado. Após 11 anos ininterruptos de comercialização, o elétrico japonês vai deixar de ser produzido, já no final deste ano.

Comercializado durante vários anos em vários continentes, entre os quais, a Europa, o Mitsubishi i-MiEV iniciou comercialização em 2009.

No entanto e apesar dos 11 anos que já leva de comercialização em mais de 50 países, dificilmente poderá ser considerado um produto de sucesso. Isto porque e de acordo com os números da própria Mitsubishi, vendeu não mais que 32 mil unidades, sensivelmente.

Apenas como comparação, o Nissan Leaf, cuja introdução no mercado aconteceu em 2020, já vendeu mais de 500 mil unidades.

Em declarações ao Nikkei Asia, um executivo da Mitsubishi Motors assumiu já que “não tínhamos dinheiro suficiente, ou até mesmo pessoal qualificado, para poder continuar a investir no desenvolvimento de EV’s”.

Recorde-se que o i-MiEV era propulsionado por um só motor síncrono de imã permanente, colocado sobre o eixo traseiro, a debitar 64 cv de potência e 180 Nm de binário, acrescido de uma transmissão de uma única velocidade, a accionar as rodas traseiras. A fornecer energia ao motor elétrico, uma bateria de iões de lítio de 16 kWh,

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Com esta bateria, o Mitsubishi i-MiEV conseguia cumprir cerca de 160 km com uma única carga, isto segundo a norma japonesa.

Aliás, terá sido, precisamente, a pouca autonomia, a par de uma tecnologia elétrica já ultrapassada, que terá levado não só a uma queda acentuada nas vendas, ao longo dos últimos anos, mas também a decisão da Mitsubishi de acabar com modelo. Algo que, de resto, acontece, sem que o i-MiEV tenha tido, alguma vez, uma atualização.

No entanto e apesar da decisão de acabar com o i-MiEV, a Mitsubishi não pensa retirar-se do segmentos dos pequenos veículos elétricos; pelo contrário, está já a desenvolver uma nova proposta, em conjunto com a Nissan, a qual deverá chegar ao mercado, na melhor das hipóteses, em 2023.