Menos de 25.000€: Conheça os concorrentes do Hyundai Inster

Não há volta a dar. Enquanto a tecnologia das baterias não evoluir, não vamos ter automóveis elétricos com preços inferiores a 20 mil euros. E não somos nós que o afirmamos. São os construtores generalistas europeus, ameaçados por uma vaga de modelos chineses altamente subsidiados para conseguirem apresentar preços competitivos.

Deixando de parte as guerras comerciais, centramo-nos no mercado nacional onde um construtor europeu continua a não ter rival.

A Dacia, com as duas versões do Spring (16 900 €), é uma das duas marcas que conseguem oferecer modelos 100% elétricos abaixo dos 20 mil euros. A outra é a Leapmotor, com o T03 (18 420 €).

São, naturalmente, modelos muito simples, com comprimento entre os 3,62 metros do Leapmotor e os 3,70 m do Dacia. Apesar de terem gamas exclusivamente elétricas, Spring e T03 não têm o espaço nem as funcionalidades caraterísticas das plataformas dedicadas.

Plataformas dedicadas

Por outro lado, o equipamento espartano e a utilização de materiais em consonância com o preço permitem poupanças consideráveis no peso. O Dacia pesa 1051 kg e o Leapmotor não excede os 1175 kg.

Fatores decisivos quando a capacidade da bateria não excede os 37 kWh do Leapmotor, que garantem 265 km de autonomia aos 95 cv do T03. O Dacia Spring tem uma bateria de 27 kWh e uma versão Essential com 45 cv e 225 km de autonomia ou uma versão Expression (18 900 €) com 65 cv e 228 km de autonomia.

Com duas motorizações abaixo dos 20 000 €, o Dacia Spring continua a ser o rei dos citadinos elétricos, mas há que olhar para um dado fundamental: a segurança. É verdade que foi o único, até ao momento, avaliado pelo Euro NCAP, mas é importante ter em conta que o resultado foi dececionante, não indo além da pontuação.

Citroën ë-C3 e Fiat Grande Panda

Primos próximos, ao ponto de partilharem a arquitetura Smart Car Platform da Stellantis, Fiat Grande Panda (23 547 €) e Citroën ë-C3 (23 750 €) fecham o quarteto de concorrentes do Hyundai Inster com preço inferior a 25 000 €. Os dois coincidem no comprimento (cerca de quatro metros), na bateria de 44 kWh e no motor de 113 cv.

Diferenças entre materiais e acabamentos tornam o Fiat cerca de 100 kg mais pesado que o Citroën. Uma diferença pequena, mas suficiente para o ë-C3 acrescentar quatro quilómetros aos 320 km da autonomia do Grande Panda.

As poupanças não passam ao lado dos modelos da Stellantis, que partilham uma plataforma desenvolvida para veículos elétricos, com possibilidade de utilizar motores de combustão e aparentada com a e-CMP utilizada no Peugeot 208 ou Opel Corsa.

O Citroën ë-C3 é produzido nas instalações da Stellantis em Trnava, na Eslovénia, enquanto o Fiat Grande Panda sai das linhas de montagem da fábrica do grupo em Kragujevac, na Sérvia. São os concorrentes mais sérios do Hyundai Inster, tanto em conforto como qualidade de construção e, por isso, estão muito perto dos 25 mil euros.