Lotus adia desportivo elétrico e considera Emira híbrido

Anunciada a decisão de se tornar 100% elétrica, a Lotus Cars acaba de ser obrigada a dar um passo atrás na estratégia delineada. Nomeadamente, ao admitir o prolongamento da vida do Emira a combustão, como híbrido.

Com nome de código “Type 135”, o novo desportivo elétrico da Lotus foi proposto como um sucessor para o atual Emira, chegando a estar previsto para 2027.

Contudo, é a própria marca agora chinesa que acaba de confirmar que a produção do desportivo foi, entretanto, adiada, também como sequência da recente mudança na estratégia pró-eletrificação do construtor outrora  britânico.

É importante relembrar que o Type 135 não tem tido um percurso fácil. Entre os contratempos, destacam-se o fim da parceria da Lotus com a Alpine, que visava o desenvolvimento conjunto do desportivo, assim como as  várias incompatibilidades com a tecnologia elétrica.

Emira híbrido nos planos?

Em declarações ao Autocar, foi o próprio responsável pela Lotus na Europa, Dan Balmer,  que, questionado sobre a possibilidade de um Emira híbrido, não excluiu a hipótese:

“No mundo atual? A regra, atualmente, é “nunca dizer nunca”, porque temos de ter uma mente aberta e compreender não só o que o mercado quer, como também a tecnologia que está disponível na altura. Portanto, o potencial para motorizações híbridas existe”, afirmou Balmer.

A Lotus divulgou, recentemente, que está a desenvolver um novo sistema híbrido, denominado “Hyper Hybrid EV Technology”.

Esta tecnologia consiste numa arquitetura elétrica de 900 V e um motor elétrico, que funcionam em conjunto com um motor de combustão, sendo que este não atua apenas como extensor.

Apesar de ainda não se saber que tipo de híbrido poderá eventualmente ser, é importante relembrar que o Emira recorre a dois motores “emprestados” que também já foram eletrificados.

 A versão base do desportivo da Lotus utiliza o motor de 2 litros turbocomprimido da Mercedes-AMG, que já foi eletrificado com tecnologia mild-hybrid e híbrida plug-in em alguns modelos da marca alemã. Já a versão acima utiliza um V6 de 3,5 litros com compressor de origem Toyota, cujo motor já foi eletrificado dentro da gama japonesa.