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Serão apenas 100 unidades. Gordon Murray Automotive apresenta o T.33

Texto: Redação
Data: 31 de Janeiro, 2022

Após o lançamento, no ano passado, do espectacular T.50, considerado por muitos como o sucessor espiritual do McLaren F1, chega agora o T.33. Basicamente, o primeiro superdesportivo para o dia-a-dia da ainda jovem fabricante Gordon Murray Automotive (GMA) , mas que só deverá ser visto nas estradas em 2024.

Segunda criação do designer que é também apontado como o “pai” do icónico McLaren F1, o Gordon Murray Automotive T.33 recorre ao mesmo V12 3.9 a gasolina desenvolvido pela Cosworth, embora com algumas alterações técnicas – novas árvores de cames, novos sistemas de admissão, assim como de escape.

Graças a estas alterações, uma descida na potência, de 663 para 615 cv, quando comparado com o T.50, mas também regime máximo mais baixo (11.100 rpm, em vez de 11.500). Sendo que, no caso do binário máximo, as diferenças são quase residuais, com o T.33 a perder apenas 16 Nm.

O V12 de origem Cosworth foi reconfigurado de forma a debitar "apenas" 11.100 rpm
O V12 de origem Cosworth foi reconfigurado de forma a debitar “apenas” 11.100 rpm

A assumir a responsabilidade de passar a potência às rodas, uma caixa de velocidades manual ou, então, uma transmissão automática com patilhas no volante. Ambas, de seis velocidades.

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Não existem ainda números oficiais, mas é improvável que o T.33 seja uma decepção, em termos de prestações, já que pesa apenas cerca de 1.100 kg, um valor muito baixo para um superdesportivo.

Construído como um carro de competição

Por outro lado e embora a tracção traseira não seja difícil de encontrar, até mesmo, em carros de estrada, o GMA T.33 exibe uma solução que quase só se vê em carros de competição: um conjunto motriz que tem também um papel estrutural. Ou seja, contribui para aumentar a rigidez e a melhorar a resposta – a suspensão traseira é, aliás, montada directamente no berço da caixa de velocidades.

Mais vocacionado para a estrada do dia-a-dia, que para a pista, o GMA T.33 anuncia um peso a rondar os 1.100 kg

E já que falamos da plataforma, momento para revelar que o T.33 recorre a um chassis monocoque em fibra de carbono, e com painéis igualmente em carbono.

A suspensão é composta por duplos triângulos sobrepostos nas quatro rodas, ligada a jantes de 19 polegadas à frente e de 20 polegadas atrás. As quais escondem discos de travão carbo-cerâmicos.

Ao contrário do T.50, este novo T.33 não terá a ventoinha de 400 mm na traseira, mas sim um aileron activo para ajudar a empurrar o carro em direcção ao solo. Apesar desta solução mais convencional, que permite direccionar e controlar o ar que passa entre o modelo e a estrada, a Gordon Murray Automotive fala, ainda assim, em ganhos aerodinâmicos de 30%, face ao efeito de downforce utilizado por outros supercarros. O que também poderá ajudar aos consumos, com Gordon Murray a falar de aproximadamente 725 km de autonomia.

Sem a ostensiva ventoinha traseira do T.50, o T.33 opta, antes, por um airelon activo a garantir maior downforce
Sem a ostensiva ventoinha traseira do T.50, o T.33 opta, antes, por um airelon activo a garantir maior downforce

Um superdesportivo para o dia-a-dia

Aliás, o fundador da marca afirma que este é um superdesportivo capaz de percorrer longas distâncias e com alguma funcionalidade. Sendo que, existem outras razões que parecem sustentar esta afirmação.

Por um lado e apesar de ter um cockpit bastante simplista, sem distracções, quase todos os comandos são feitos em alumínio, e não se excluem tecnologias como o Apple CarPlay ou o Android Auto.

Ao mesmo tempo e embora tenha abandonado a configuração de 3 lugares, com o condutor ao meio, há espaço suficiente para as malas necessárias para um fim-de-semana, com uma bagageira à frente e dois pequenos compartimentos de acesso lateral.

Apesar de desportivo, o GMA T.33 anuncia uma maior funcionalidade e versatilidade que o T.50
Apesar de desportivo, o GMA T.33 anuncia uma maior funcionalidade e versatilidade que o T.50

Já as dimensões, também não assustam, sendo pouco maior do que a última geração do Porsche 718 Cayman, ao passo que, em termos de pneus, o modelo opta por uns bem mais vulgares Michelin Pilot Sport 4S, ao invés de uma solução específica como acontece no T.50.

Com revisões a cada 10.000 quilómetros

Em termos de manutenções, a Gordon Murray Automotive revela, ainda, que o T.33 deverá fazer uma passagem pela oficina a cada 10.000 quilómetros, com a certeza de que essa será uma operação fácil de realizar, já que, tanto o acesso ao motor, como à caixa de velocidades, encontram-se facilitados.

A terminar, referir, apenas, que o GMA T.33 vai ser construído nas novas instalações da Gordon Murray Automotive em Surrey, Inglaterra, as quais terão inclusive uma pista de ensaios.

Com uma produção reduzida a apenas 100 unidades, o T.33 deverá começar a ser entregue apenas em 2024
Com uma produção reduzida a apenas 100 unidades, o GMA T.33 deverá começar a ser entregue apenas em 2024

Com uma produção limitada a apenas 100 carros, as primeiras unidades do GMA T.33 deverão começar a ser entregues apenas em 2024.