Embora os operadores realizem todos os esforços no sentido de fazer diminuir o risco, a verdade é que, também os utilizadores dos serviços de carsharing, podem e devem seguir alguns conselhos básicos, de forma a evitar o contágio pelo coronavírus.
O serviço de aluguer de automóveis de curta duração, carsharing, que possibilita a utilização de uma viatura por determinado período de tempo (horas, minutos ou dias) e o pagamento apenas da sua utilização, tornou-se uma nova forma de mobilidade.
Esta modalidade serve de complemento ao transporte público e pode constituir uma alternativa interessante para famílias, que assim evitam a aquisição de uma segunda viatura para deslocações esporádicas, ou até para as empresas, que não têm necessidade de adicionar mais um veículo à frota.

Em termos de ambiente urbano permite reduzir o número de viaturas em circulação e aumentar a disponibilidade de lugares de estacionamento porque, no plano teórico, a taxa de ocupação dos veículos é maior, assim como o tempo de utilização.
Apesar do confinamento, existem deslocações que são necessárias de efetuar e os clientes dos serviços de carsharing continuam a poder utilizá-los. Para evitar contágios, deixamos aqui algumas recomendações úteis.
Formas de transmissão
Para compreender os riscos decorrentes da utilização de veículos partilhados há que compreender o mecanismo de transmissão do vírus SARS-CoV2, responsável pela doença Covid-19.
O vírus transmite-se pessoa-a-pessoa por contacto próximo com pessoas infetadas ou através do contacto com superfícies e objetos contaminados.
A transmissão por contacto próximo ocorre principalmente através de gotículas que contêm partículas virais que são libertadas pelo nariz ou boca de pessoas infetadas, quando tossem ou espirram, e que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos, de quem estiver próximo.

As gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada e, desta forma, infetar outras pessoas, quando tocam com as mãos nestes objetos, tocando depois nos seus olhos, nariz ou boca. O risco de contágio num automóvel partilhado decorre, precisamente, desta última situação.
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Assim, além de usar a máscara obrigatória e respeitar os limites relativos à lotação da viatura, deverão ser seguidas algumas recomendações para evitar o contágio por coronavírus, nos automóveis de carsharing.
Ventilação
As autoridades sanitárias insistem que os espaços fechados e mal ventilados potenciam a propagação do Covid-19 e o habitáculo de um automóvel cumpre estes requisitos. Por isso, antes de iniciar a viagem será recomendável abrir todas as portas e ventilar o veículo durante vários minutos.
Desinfetar o automóvel
O preço da viagem depende do tempo de utilização, mas será conveniente investir algum tempo na limpeza das zonas de contacto como os manípulos das portas (exteriores e interiores), o tablier, os botões, o volante, a alavanca da caixa de velocidades, o travão de estacionamento. Para o efeito bastará passar com um toalhete com gel hidroalcoólico.
Cuidado com as mãos
Durante a viagem, o utilizador deve procurar evitar tocar na cara com as mãos, mesmo com luvas. Por outro lado, se tiver de tossir, deve fazê-lo para o cotovelo. Quando terminar a viagem, o utilizador deve procurar limpar as zonas onde tocou.
Comer e beber
Algumas empresas proibiam expressamente essas ações antes da pandemia, mas agora é imperioso cumpri-las escrupulosamente para evitar o contágio.
Fim da viagem
Quando terminar a viagem e abandonar o veículo partilhado, o utilizador deve lavar as mãos com água e sabão. Se isto não for possível, deverá desinfetar com uma solução hidroalcoólica.