Alfa Romeo: Novos desportivos dependem do sucesso dos SUV

Segundo o chefe de marketing da Alfa Romeo, o desenvolvimento de novos desportivos depende do sucesso dos modelos mais generalistas, como os SUV. A prioridade da marca é a rentabilidade.

A Alfa Romeo foi sempre um símbolo de paixão automóvel e de linhas elegantes, mas hoje vive entre dois mundos: o da nostalgia italiana e o da sobrevivência comercial.

Exemplo disso são os crossovers mais pequenos como o Tonale e o Junior, que, de acordo com os puristas da marca, vão contra aquilo que a lendária fabricante de automóveis representa tradicionalmente.

Mas a verdade é que são os modelos mais generalistas que ajudam a empresa a manter-se viva. E de acordo com o chefe de marketing da marca, Cristiano Fiorio, são exatamente esses veículos que geram fundos para o desenvolvimento de propostas mais desportivas.

Em declarações à revista Car Magazine, Fiorio referiu que, antes de os executivos da marca aprovarem o desenvolvimento de um novo veículo desportivo, é essencial que os modelos mais comuns, como os SUV, registem um número positivo de vendas.

“Temos de começar pela credibilidade: fazer um modelo todos os anos, provar que somos capazes de o executar, de o tornar rentável, de fazer números que sejam aceitáveis para o investimento que fizemos. Assim que tivermos um historial nesse sentido, então podemos sonhar”, afirmou o chefe de marketing da Alfa Romeo.

33 Stradale foi a exceção

De momento, um novo modelo desportivo parece estar fora de questão. E, como já supramencionado, a prioridade da Alfa Romeo não é a construção de automóveis desportivos, mas sim a rentabilização e a sua estabilidade financeira.

Em 2019, vimos a marca italiana a aplicar esta prioridade: os projetos para o regresso do 8C e do GTV foram cancelados, sendo que o 4C só foi produzido no ano seguinte, presumivelmente quando as contas da empresa estavam no verde.

Embora o 33 Stradale possa parecer uma contradição às declarações de Fiorio, o mesmo explicou que o mais recente desportivo foi um projeto paralelo. Segundo o chefe de marketing, o coupé foi desenvolvido fora de horas por um “grupo de pessoas loucas” para evitar perturbações nas operações diárias.

Apesar de o exterior e o interior do carro serem únicos, o coupé partilha a mesma estrutura em fibra de carbono e alumínio com o Maserati MC20, com o motor V6 biturbo de 3,0 a ter também muito em comum com oque é utilizado nesse modelo, e até a suspensão multi-link deriva do Giulia GTAm.

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