As empresas já perceberam que o financiamento especializado é mais competitivo do que o tradicional, o que tem contribuído para o seu crescimento sustentado, afirma Luís Augusto, presidente da ALF - Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting. O maior conhecimento de soluções por parte dos clientes e uma análise mais cuidada dos investimentos explicam a preferência que tem vindo a conquistar junto do mercado. Entre as vantagens, o responsável da ALF destaca o custo inferior face a um financiamento convencional, assim como as vantagens fiscais para as empresas.
A ALF - Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting assinalou recentemente o seu 40º aniversário. O que levou o setor a reunir-se e a criar uma estrutura associativa?
A ALF surgiu da necessidade do setor de intervir junto das autoridades governamentais, regulatórias e tributárias. Inicialmente tinha como associadas entidades ligadas ao leasing, mas mais tarde também se estendeu ao renting. A missão da ALF passa também pelo apoio aos associados em várias análises relativas ao setor, incluindo a apresentação de estatísticas, a normalização ou interpretação de alguma legislação que possa surgir.
A ALF também é um fórum de debate entre os associados ligados ao leasing, factoring e renting.
Que evolução faz da atividade do leasing e do renting neste período, designadamente no período após-pandemia?
O setor foi bastante afetado pela pandemia, mas desde então tem vindo a recuperar bastante. O leasing, por exemplo, já representou cerca de 1,6 mil milhões de euros em 2023, mas ainda abaixo de valores pré-pandemia.
Situação oposta sucedeu com o renting que atingiu os de mil milhões de euros no ano passado contra 761 milhões de euros em 2019. O factoring também recuperou, tendo alcançado um novo recorde no ano passado, com 42 mil milhões de euros, bastante acima de 2019. Os três produtos têm vindo a recuperar, embora o leasing ainda não tenha superado os valores pré-pandemia.