CEO da Xiaomi sugere que comprem carros da concorrência

O Xiaomi YU7 foi lançado em junho na China e já está a provocar um verdadeiro abalo no mercado doméstico de veículos elétricos, competindo diretamente com o Tesla Model Y.

Apenas 18 horas após a apresentação, o SUV elétrico registou um total de 240 mil encomendas. Para efeitos de comparação, trata-se de um número bastante próximo das 265.400 unidades que a Tesla vendeu no país durante o primeiro semestre do ano.

A procura por este SUV elétrico da Xiaomi tão elevada que o tempo de espera indicado pela marca é de entre 56 a 59 semanas. Situação que até levou o CEO da Xiaomi, Lei Jun, a recomendar a concorrência para quem precisa de carro com urgência, como o XPeng G7 ou mesmo o Tesla Model Y.

Preço e vantagem competitivos

Apesar das queixas dos clientes devido aos longos prazos de entrega – no site 12365auto.com, o YU7 esteve entre os 20 modelos mais reclamados, principalmente devido ao período de espera, muitos estão a manter as suas encomendas, atraídos pelo design, preço e desempenho do YU7.

Com um preço base de 253.500 yuan (cerca de 32.200 euros) o YU7 anuncia uma autonomia de 835 km (ciclo CLTC), superando o alcance de 593 km e preço de 263.500 yuan (cerca de 33.900 euros) do Tesla Model Y RWD.

Além disso, o SUV elétrico da Xiaomi assenta numa arquitetura elétrica de 800V, permitindo carregar até aos 80% em 13 minutos. O Model Y, com uma arquitetura de 400V, carrega a mesma quantidade em 18 minutos.

Em termos de equipamento, o modelo vem equipado com tecnologia de ponta, incluindo um ecrã central de 16,1”, um head-up display de 56” e a capacidade de integração com mais de mil dispositivos inteligentes da Xiaomi, criando um ecossistema para o utilizador.

Xiaomi já está a caminho da Europa

O sucesso do YU7 surge num contexto de concorrência feroz na China, com marcas como NIO, XPeng, Li Auto e BYD a lançar modelos mais avançados e acessíveis. Algumas já vendem na Europa e a Xiaomi quer seguir o mesmo caminho.

O presidente da empresa, Lu Weibing, confirmou na apresentação de resultados do segundo trimestre que a marca pretende vender os seus carros elétricos no "Velho Continente" a partir de 2027. No entanto, ainda não há informações sobre uma possível chegada a Portugal.