W1 é o McLaren de estrada mais potente de sempre

Com 1275 cv, o W1 tornou-se no McLaren de estrada mais potente de sempre, estando disponível a partir de uma módica quantia de 1,91 milhões de euros, antes de impostos, mas só serão produzidas 399 unidades e todas diferentes.

Em 1992, o McLaren F1 abriu caminho para todos os hipercarros. Vinte anos depois, a marca britânica revolucionava a indústria com o seu primeiro hipercarro híbrido, o P1. Agora, mais de 30 anos após o lançamento do F1 original, a McLaren volta a reinventar o segmento com o seu mais potente carro de estrada de sempre: o W1.

A nova criação da McLaren está equipada com um novo motor biturbo V8 de 4,0 litros assistido por uma bateria, desenvolvendo uma potência de 1275 cv e um binário de 1340 Nm, permitindo-lhe acelerar dos 0 aos 100 km/h em 2,7 segundos e alcançar uma velocidade máxima de 300 km/h, limitada eletronicamente.

Denominado “MPH-8”, o novo motor foi construído a partir do zero e debita 929 cv, permitindo atingir um regime de rotação máximo de 9200 rpm, enquanto os dois turbocompressores entram em ação às 2500 rpm.

“E-Module” pesa apenas 20 kg

O novo V8 está associado a um “E-Module” que compreende nm motor elétrico de fluxo radial, uma unidade de controlo e uma bateria de 1,4 kWh, acrescentando 346 cv à potência do motor de combustão, permitindo ao W1 fazer cerca de 2,5 quilómetros em modo elétrico.

Incrivelmente, o novo E-Module da McLaren pesa apenas 20 quilos. O peso total dos componentes híbridos foi reduzido em cerca de 40 quilos em comparação com o P1. O peso em vazio do W1 é de 1399 kg, sendo apenas 4 quilos mais pesado do que o seu antecessor P1.

A McLaren resistiu à tentação de transmitir a potência às quatro rodas, tendo optado por uma configuração de tração traseira como forma de homenagem à sua herança no automobilismo. O motor e o sistema híbrido são geridos por uma caixa automática de oito velocidades com uma márcha-atrás eletrónica.

Chassis monocoque “Aerocell”

O design é baseado no novo chassis em monocoque “Aerocell” da McLaren que combina uma posição de condução fixa com ajustamentos no volante e na direção, além das novas portas “Anhedral”. Os posto de condução integrado do Aerocell ajudou a McLaren a poupar sete centímetros na distância entre-eixos. As portas “Anhedral” ajudam a melhorar o fluxo aerodinâmico nos pára-choques dianteiros.

A McLaren mais de 350 horas no túnel de vento com o W1 e testou mais de 5000 peças individuais para se assegurar que era o supercarro mais aerodinâmico que já construiu.

O W1 tem uma asa traseira “Active Long Trail”, inspirada no F1 GTR de 1997, que melhora a resistência aerodinâmica e aumenta a força descendente.

Um diverter do fluxo de car - uma estreia num McLaren de estrada - envia ar fresco para o compartimento do motor enquanto as asas ativas dianteira e traseira ajudam a produzir 350 kg e 650 kg de força descendente, respetivamente no modo Race. O W1 tem uma força descendente total de 1000 kg.

A altura ao solo diminui 3,80 cm na frente e 1,78 cm na traseira no modo Race, enquanto o longo spoiler traseiro se estende até 30 centímetros quando é ativado. Este dispositivo também funciona como travão aerodinâmico sob fortes desacelerações.

Produção limitada

O McLaren W1 vem ainda equipado com o novo Race Active Chassis Control III, que pode ser configurado em três modos diferentes: Comfort, Sport e Race. O sistema de travagem inclui discos com seis pinças na frente e quatro atrás permitindo imobilizações em 29 metros desde os 100 km/h.

Em termos de preços, o McLaren W1 estará disponível a partir de 1,91 milhões de euros (antes de impostos) e a produção estará limitada a 399 unidades, sendo que todas já se encontram reservadas. A lista de opções também é interminável, fazendo disparar o preço final, pelo que é provável que, em teoria, não existam dois carros rigorosamente iguais.