Outros fabricantes de automóveis têm vindo a experimentar funcionalidades associadas a modelos de subscrição. A BMW ficou conhecida por ter testado a cobrança de 18 dólares por mês pelo acesso a bancos e volantes aquecidos em determinados mercados, como a Coreia do Sul, o Reino Unido e a Alemanha. A marca também tentou aplicar subscrições a funções avançadas de assistência à condução e ao Apple CarPlay, mas acabou por recuar devido às fortes reações negativas.
Já a Mercedes-Benz, nos Estados Unidos, lançou uma subscrição anual de 1.200 dólares para desbloquear maior potência e aceleração em alguns modelos elétricos, como o EQE e o EQS, através de um simples desbloqueio de software promovido como “Aumento da aceleração”.
A Toyota — e a sua marca Lexus — gerou polémica ao exigir subscrição para usar o arranque remoto a partir do comando, e não apenas através da aplicação, o que levou a empresa a voltar atrás. A Audi, por sua vez, testou na Europa a subscrição de funcionalidades como os faróis Matrix LED e o controlo de cruzeiro adaptativo.
A Porsche oferece atualmente o programa “Funções sob demanda”, que permite subscrever ou comprar definitivamente funcionalidades como o controlo de velocidade cruzeiro adaptativo, a suspensão ativa (PASM) ou a navegação, disponibilizando tanto testes temporários como desbloqueios permanentes.
O Grupo Volkswagen — que inclui marcas como VW, Audi, Skoda e Seat/Cupra — tem igualmente experimentado, sobretudo na Europa, recursos pagos para desbloquear funcionalidades como atualizações de navegação, sistemas de assistência ao condutor e melhorias de iluminação.
A Tesla é provavelmente o caso mais conhecido, vendendo o “Full Self-Driving” como compra única (12 mil dólares) ou em regime de subscrição mensal (199 dólares), além de cobrar pelo desbloqueio de funcionalidades como bancos traseiros aquecidos, apesar de o hardware já estar instalado nos veículos.
A General Motors começou a exigir que alguns clientes subscrevessem o serviço OnStar em determinados modelos novos e prepara os seus futuros elétricos — como o Cadillac Lyriq ou o Chevrolet Blazer EV — para integrarem cada vez mais serviços pagos e complementos de software.
A Ford também explorou serviços semelhantes, como o BlueCruise, um sistema de condução sem mãos, disponível por cerca de 75 dólares por mês ou 2.100 dólares por três anos.