Usados - Toyota é confiável, BMW nem por isso

Um estudo revelou que carros de marcas económicas são os melhores para comprar em segunda mão. Já os de marcas premium são os mais arriscados

Comprar um usado é um desafio. Todos conhecemos exemplos de carros que aparentavam não ter problemas, mas a realidade revelou-se bem diferente; uma dor de cabeça.

A compra de um automóvel, deve ser ponderada e bem estudada. Entre os principais cuidados a ter, a verificação do historial do veículo pode ajudar a diminuir os riscos de uma compra mal sucedida.

Mas isso pode nem sempre ser possível e, quantas vezes, esse passo pode estar “envenenado” de informação falsa.

Segundo um estudo da CarVertical, em Portugal apenas uma pequena percentagem dos carros em segunda mão tem um historial limpo. No entanto, há marcas que têm historiais fiáveis, enquanto noutras acontece o inverso.

Vamos aos detalhes

A análise considerou históricos reais de veículos adquiridos por clientes no ano de 2024. Foram considerados automóveis com um historial limpo, aqueles que não tinham sido danificados, não apresentavam a sua quilometragem adulterada, não tinham sido utilizados para fins comerciais (táxi, transporte ou aluguer) e que não haviam sido classificados como sinistrados.

De acordo com os investigadores, um veículo com um relatório histórico limpo deve ter, pelo menos, cinco registos de quilometragem ao longo dos anos, sem intervalos superiores a três anos.

De entre as marcas verificadas em Portugal, os automóveis da Toyota destacaram-se pela positiva, com 91,5% dos veículos verificados na plataforma a apresentarem um historial limpo. A estes, seguiram-se os Mazda (79%) e os Citroën (78,9%).

Segundo o estudo, este desempenho deve-se, em grande parte, ao perfil dos condutores destas marcas, que priorizam a manutenção e a fiabilidade e não os utilizam tanto em contextos mais exigentes.

Já do lado oposto da tabela, apenas 3,9% dos BMW analisados tinham um historial imaculado. A estes, seguem-se os Porsche (16,1%) e os Jaguar (41%).

Portugal não é exceção

De acordo com a análise, a tendência repete-se noutros mercados. Veículos de gama alta são os mais propensos a terem um historial adulterado ou falsificado, fruto do elevado valor de revenda.

A equipa que levou a cabo o estudo alerta para que, no caso de querer adquirir modelos de gama alta ou premium, não negligenciar a verificação do historial do veículo.

Com a devida ponderação, poderá evitar surpresas agradáveis, despesas de reparação avultadas e o mais que certo arrependimento com a compra.