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Trotinetas aumentam mortes na estrada

Texto: João Monteiro de Matos
Data: 29 de Agosto, 2019

O Automóvel Club de Portugal (ACP) lançou esta quarta-feira, 28 de agosto, uma campanha publicitária que alerta para a necessidade dos usuários de trotinetas e bicicletas elétricas usarem capacete como medida primordial para a sua própria segurança.

Carlos Barbosa, presidente desta associação, citado pela agência Lusa, chamou a atenção para o risco de não se usar capacete, referindo que, desde o início deste ano, “já morreram 16 utilizadores” ao volante de trotinetas.

O jornal Correio da Manhã tentou confirmar os dados avançados por Barbosa junto da Polícia de Segurança Pública (PSP), mas esta força de segurança não assegurou a veracidade dos números.

Ao matutino, Virgílio Sá, subintendente e chefe da Divisão de Trânsito e Segurança Rodoviária adiantou que a PSP não tem qualquer registo de vítimas mortais em trotinetas.

Por outro lado, o presidente do ACP alertou para os mais recentes dados da Organização Mundial de Saúde, afirmando que “é inequívoco apontar que o uso de capacete pode reduzir até 42% o risco de lesões fatais e baixar até 69% as hipóteses de lesões na cabeça”.

“As trotinetas não são um brinquedo, são um meio de mobilidade suave que já existe em várias cidades e que não está regulamentado”, disse ao diário do grupo Cofina, adiantando que esta sensibilização destina-se igualmente às empresas de transporte que alugam estes equipamentos e defendeu que estas deveriam ter também capacetes para alugar.

Recorda-se que o Código da Estrada obrigava ao uso do capacete em velocípedes com motor auxiliar, no caso, bicicletas e trotinetas elétricas, todavia, uma instrução técnica da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR) em dezembro de 2018 tornou opcional o uso de capacete.

Imagem: Pixabay