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Travão de mão convencional, uma espécie em vias de extinção…

Texto: Nuno Fatela
Data: 21 de Setembro, 2018

Más notícias para os fãs das derrapagens, já que cada vez mais as marcas estão a optar pelos travões de mão eléctricos.

De vez em quando, é agradável sentir o belo aroma de uns pneumáticos que foram aquecidos um pouco além do necessário e forçados a deixar a sua marca de borracha no asfalto ao puxar o travão de mão. Mesmo que não tenha os dotes de um piloto de rallies, talvez já tenha aproveitado alguma vez para fazer como se fosse um às das pistas e da terra batida e puxado a alavanca que existe no túnel central para um pequeno momento de diversão. Obviamente que a prática não é legal, mas, além disso, nos próximos anos pode estar extinta.

 

Esta é a conclusão de um inquérito realizado pelos britânicos da CarGurus, que descobriram que, dos grandes fabricantes mundiais, apenas dois oferecem travões de mão de alavanca em toda a gama, a Suzuki e a Dacia. No outro extremo, marcas como a Audi ou a Jaguar já os eliminaram totalmente. Existem dois motivos que explicam a opção pelos travão de mão eléctricos, e que passam pelo menor espaço para acondicionar este componente e, além disso, o impacto visual reduzido e o cariz tecnológico mais evoluído que o botão deste sistema oferece ao carro.

 

Mas há dois pontos negativos nesta situação. O primeiro, já referido, é o fim do divertimento que muitos sentem ao puxar da alavanca para completar em ‘modo rali’ algumas curvas mais apertadas. O outro é bem mais chato para a generalidade das pessoas, e foi-nos contado na primeira pessoa durante uma apresentação com um jornalista espanhol. Se por acaso já teve o azar (ou força bruta excessiva) de partir o cabo de um travão de mão manual, sabe que isso significa que o carro não ficará parado. Mas ao nosso colega espanhol aconteceu o oposto quando ocorreu uma falha no sistema no travão de mão eléctrico,em que o carro ficou imediatamente parado. Esta é uma situação que pode ocorrer alguns sistemas, não sendo transversal a todos os veículos com esta tecnologia, mas nesse caso apenas existiu uma solução para mover o carro: reboque.

 

Fonte: Road&Track