VW PASSAT 2.0 TDI 240 CV DSG 4MOTION

Texto: António Amorim / Fotografia: José Bispo
Data: 3 de Dezembro, 2017

A tecnologia biturbo, associada à tração integral 4Motion, permitem a este Passat TDi as performances mais elevadas da gama, com um grande controlo sobre essa agilidade 

Se há marca generalista que consegue morder os calcanhares às concorrentes especializadas, essa marca é a Volkswagen. E se há segmento onde essa marcação é mais cerrada é aqui, onde o oitavo Passat assusta mais que nunca executivos de vanguarda como o BMW Série 3, o Audi A4 ou o Mercedes Classe C. O cuidado no detalhe de acabamentos e equipamentos, a refinada condução e a superioridade funcional (concretamente em termos de habitabilidade) fazem do novo Passat uma opção a ponderar seriamente. Porque será que um motor tão potente lhe fica tão bem?

Antes de mais porque o novo chassis o digere com facilidade. O acréscimo de 8 cm na distância entre eixos face ao Passat da geração anterior constitui uma ajuda decisiva. E embora o anunciado emagrecimento de 85 kg não seja propriamente perceptível a qualquer um, a verdade é que, com este motor, o Passat parece que emagrece uma tonelada. Os 500 Nm disponíveis a partir das 1750 rpm (boa parte dele muito antes disso), ajudados pela sofisticada caixa automática DSG de 7 velocidades asseguram aquilo que quisermos em qualquer situação: seja conforto e serenidade de utilização em família, sejam sensações desportivas de costas coladas ao banco.

E mesmo num país onde a neve é uma miragem, o sistema de tração 4Motion resulta decisivo no rigor com que se conseguem agarrar à estrada cada um dos 240 CV que a VW consegue extrair de um mero diesel 2.0 de 4 cilindros, graças à tecnologia biturbo combinada com a injeção direta de alta precisão. Os arranques são enérgicos e as recuperação de velocidade deliciosas.

 

Na autoestrada preenche-nos o ego escorraçar a maioria dos “especializados” para a faixa da direita com um simples aperto no acelerador, que convém aliviar logo de seguida se quisermos manter a carta de condução no bolso, porque o entusiasmo do biturbo parece não ter fim e a qualidade intrínseca do Passat disfarça muito bem a velocidade. Autêntico devorador de quilómetros com grande estabilidade, este turbodiesel com esteróides consegue, ainda assim, manter consumos aceitáveis se abdicarmos desta postura mais agressiva.

Verificámos médias de 5,1 l/100 km entre os 80 e os 100 km/h, cerca de um litro acima entre os 110 e os 130 km/h e cerca de 6,5 litros em utilização mista. Usufruindo de toda a elasticidade do TDi os números começam a trepar, sem nunca se poderem considerar exagerados face ao que este Passat de 240 CV nos dá constantemente em troca.

 

A possibilidade de optar por diversos modos de condução, que envolvem diferentes programações do motor/caixa, direcção e suspensão, podem permitir uma certa adaptação do Passat a cada uma destas situações. No nosso caso, o modo Eco serviu quase sempre para tudo, mantendo os consumos controlados e com toda a pujança do motor à mera distância de um kick-down.

VEREDITO

O sistema 4Motion não só ajuda a colocar todos os 500 Nm de binário no chão, como ajuda o Passat a descrever as curvas com extrema eficácia. A caixa DSG de sete velocidades responde bem em todos os figurinos de condução permitidos pela programação de chassis. Em resumo: por 55 mil euros tem-se aqui uma performance desportiva com um diesel capaz de gastar 6,5 litros numa utilização normal.

Ensaio publicado na Revista Turbo 422, de novembro de 2016

Esta metodologia não foi aplicada a este ensaio. Todo o texto encontra-se no capítulo inicial

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