BMW 440i Cabrio

Texto: Marco António / Fotografia: José Bispo
Data: 1 de Julho, 2017

O BMW 440i Cabrio não é o mais barato e económico da família mas é um dos que mais gozo dá em conduzir quando puxamos pelo motor de seis cilindros e ouvimos uma sonoridade única.

Esta versão mais musculada não tem muitos concorrentes e os que tem são mais caros, mesmo se consideramos a versão XDrive de quatro rodas motrizes, o que constitui um dos argumentos a favor do BMW 440i Cabrio. Os seus 326 CV desafiam sem inibições os 333 CV do Audi S5 Cabrio ou os 367 CV do Mercedes AMG 43 Cabrio, caraterísticas que se encaixam nos clientes que têm a paixão dos carros desportivos e não têm restrições económicas. Não ocupa o pódio dos mais vendidos da gama mas é, sem dúvida, um dos mais emocionantes. Desde logo pelo seu poder de fogo ao acelerar dos 0 aos 100 Km/h em apenas 5,4 segundos, enquanto o primeiro quilómetro é feito em 24,1 segundos. Uma meta quase alucinante que requer um comportamento dinâmico que a BMW tão bem sabe proporcionar, graças a uma receita que, no caso do cabrio, teve de ter algumas alterações face à carroçaria fechada.

A capota do BMW deixou de ser de lona há muito tempo para ser rígida. Esta opção, para além de reduzir a rigidez da carroçaria, tem a virtude de oferecer duas soluções (cabrio e coupé) numa só. Como uma rigidez estática e dinâmica muito mais próxima do coupé do que se tivesse capota de lona, a BMW teve o cuidado de manter nesta versão a mesma distribuição do peso 50/50. Esta caraterística faz parte da fórmula “secreta” de manter o comportamento do 440i cabrio entre os melhores. A prova disso é o desempenho que tem com a capota aberta, mesmo em piso mais irregular, onde não se sentem muitas vibrações. A capota rígida que se articula e recolhe na mala em apenas 32 segundos reduz a capacidade da mala de 370 litros para 220 litros, um valor pequeno mas que ainda dá para transportar duas malas pequenas. Do ponto de vista aerodinâmico o seu desempenho é bom e se na versão aberta o ruído e a circulação de ar aumenta, a rede que é uma opção reduz a circulação de ar no interior do habitáculo. Este é tão requintado quanto as outras versões do Série 4 com a diferença dos bancos poderem integrar um sistema “Air Collar” que aquece a zona do pescoço nos dias mais frios.

Porque os 326 CV chegam muito depressa e com rara determinação às rodas traseiras a BMW propõe uma suspensão adaptativa que permite alterar o amortecimento automaticamente ou selecionando uma das várias afinações disponíveis, bastando para isso pressionar o botão da “experiência de condução” colocado junto do comando da caixa automática de 8 velocidades. A possibilidade de controlar a caixa a partir das patilhas no volante permite-nos ter uma experiência mais divertida quando abdicamos dos cabelos ao vento e levamos o BMW 440i Cabrio para as estradas sinuosas e tentamos sacar tudo o que este desportivo tem. Mesmo sem tração total as suas reações são equilibradas e fáceis de prever e controlar. A maior deriva do trem traseiro é porem intuitiva, bastando uma ligeira correção do volante para repor a trajetória antes do DSC (controlo de estabilidade) intervir discretamente fazendo crer que tudo é fácil!

Ainda que comparativamente esta seja uma proposta barata, a verdade é que são poucos os clientes que optam por esta versão, preferindo o 420d, mais barato e bastante mais económico, gastando quase metade do que o 440i gasta, considerando os consumo médio de 9,9 litros que fizemos durante o nosso ensaio, mais 3,1 l/100 Km do que o consumo médio anunciado.

Veredito

Os 326 CV de potência chegam com rara determinação às rodas traseiras. Por isso a BMW propõe uma suspensão adaptativa.  A deriva do trem traseiro acaba por ser intuitiva, bastando uma pequena correção com o volante.

Artigo originalmente publicado na Revista Turbo nº 421, de outubro de 2016

Esta metodologia não se aplica a este ensaio. Todo o texto encontra-se na página inicial.

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