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Tesla ilibada de acidente fatal com o Autopilot

Texto: Nuno Fatela
Data: 23 de Janeiro, 2017

As autoridades rodoviárias dos Estados Unidos consideram que a marca não pode ser considerada culpada uma vez que o condutor não cumpriu as regras de utilização do sistema de apoio à condução da Tesla.

No último mês de maio ocorreu um acidente fatal com um condutor americano, Joshua Brown, que colidiu com um veículo pesado numa intereseção de vias ao utilizar o sistema Autopilot do seu Tesla. Após analisar as circunstâncias que envolveram a ocorrência, a autoridade rodoviária norte-americana, a NHTSA, considerou que a marca não pode ser considerada culpada deste acidente, ilibando-a de responsabilidades, já que conclui que o condutor não cumpriu as regras de utilização do sistema de apoio ao condutor da marca de veículos elétricos. A NHTSA afirma que “não identificou qualquer defeito no desenho ou performance da travagem de emergência e do Autopilot do automóvel em causa, nem qualquer incidente em que ele não tenha funcionado como previsto”. Além disso, foi considerado que o condutor não tentou fazer qualquer manobra evasiva ou travagem para evitar a colisão, o que indica que ele não estava com atenção à estrada.

As autoridades norte-americanas explicaram que os sistemas de travagem de emergência estão pensados atualmente para evitar colisões com a retaguarda de outras viaturas, e não estão desenhados para todo o tipo de acidentes, como em interseções de via. Outra conclusão foi que o Autopilot é um sistema de assistência ao condutor, mas que as pessoas devem ter sempre total atenção à estrada e estarem preparadas para agir de forma a evitar acidentes. A NHTSA também indicou que o sistema foi alvo de evoluções, como a monitorização da colocação das mãos no volante, com o Autopilot a ser desativado caso o veículo verifique que o automobilista não está atento à estrada.

Desta forma, a NHTSA afirmou que embora possam existir problemas como o Autopilot, eles não foram a causa deste acidente fatal. Esta decisão é também vista como um precedente, confirmando que caso os condutores não cumpram as normas de utilização dos sistemas de assistência ao condutor as marcas não podem ser consideradas culpadas por casos como o verificado com este Model S. A Tesla já comentou o resultado deste caso, afirmando que para ela “a segurança dos clientes é colocada em primeiro lugar, pelo que aprecia a precisão da análise da NHTSA e das suas conclusões”.

 

Fonte: Autoweek