Primeira proposta da marca hoje em dia chinesa para o segmento intermédio do mercado, o smart #5 anuncia-se como um crossover 100% elétrico, rival do Model Y, cujo lançamento na Europa está previsto para a primavera de 2025. Com as entregas a iniciarem-se, à partida, no verão seguinte… se as taxas impostas pela União Europeia (UE) o justificarem.
Terceiro modelo a integrar a oferta da “nova smart”, marca automóvel hoje em dia propriedade de uma joint-venture (50-50), celebrada em 2020, entre o Grupo Mercedes-Benz e a chinesa Geely, o #5 deverá começar por ser comercializado na Ásia, durante o outono, seguindo-se, então, a Europa.
Segundo informações agora divulgadas, o crossover elétrico chegará aos concessionários em duas versões: a Summit, mais focada no todo-o-terreno e, por esse motivo, com tracção às quatro rodes de série, e a Premium+, com tracção apenas traseira.
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Estabelecidas estas duas versões, a smart deverá, então, lançar uma terceira versão mais focada na performance, a que será dado o nome de Brabus, assim como uma versão de entrada de gama, mais barata, mas também com menor autonomia.
Com 740 km de autonomia
De resto e sobre os aspectos técnicos deste #5, é já conhecido que o smart #5 terá por base a plataforma Geely SEA, acompanhada de uma arquitectura elétrica de 800V, da qual fará parte, nas primeiras versões, uma bateria de 100 kWh. E que, segundo a smart, deverá ser capaz de garantir autonomias de até 740 km, segundo a norma chinesa CLTC, ao mesmo tempo que deverá conseguir recuperar dos 10 para 80% da carga, em apenas 15 minutos.
Concebido na Alemanha, pela Mercedes-Benz, e produzido na China, este novo smart deverá apresentar-se com um comprimento de 4,70 metros e que colocam no mesmo patamar, por exemplo, do Renault Espace, com 2,90 m a surgirem entre eixos. Distância que, entre outras vantagens, deverá permitir uma capacidade de carga que poderá chegar aos 1.530 litros, mais os 72 litros da bagageira à frente, ou “frunk”.
No habitáculo, o #5 deverá exibir três ecrãs, um de 10,3” como painel de instrumentos, mais dois de 13” dispostos lado-a-lado, além de um head-up display de realidade aumentada, com 25,6 polegadas.
Tal como acontece no #1 e no #3, também o smart #5 contará com uma interface com um avatar digital de um animal, para orientar o utilizador no sistema de infoentretenimento. Neste caso, um leão (o #1 tem uma raposa e o #3 um leopardo), embora os utilizadores possam personalizar o assistente, elegendo o seu próprio avatar… ou nenhum.
Preços (e comercialização) vão depender das taxas
Quanto a preços, a smart assume a incerteza relativamente a este #5, devido às novas tarifas da União Europeia sobre os EV fabricados e importados da China. E que, por só se tornarem definitivas em novembro, colocam em causa, não apenas os valores a praticar, como até mesmo a própria comercialização e até os países onde será vendido.
Recorde-se que, segundo a proposta da Comissão Europeia, os modelos da smart deverão ser sujeitos a uma tarifa adicional de 19,9%, mais os 10% que já são, hoje em dia, aplicados.
Na apresentação do modelo, a marca chinesa recordou que o #5 terá de enfrentar, igualmente, uma lista cada vez maior de rivais, da qual fazem parte, além do best-seller Model Y, atualmente com um preço de entrada de 44 990€ em Portugal, concorrentes mais convencionais, embora elétricos, como o Skoda Enyaq (a partir de 51 283€), o Kia EV6 (49 150€) e o Toyota bZ4X (43 990€).
Fortwo não está esquecido
Embora o fabricante afirme acreditar que este novo modelo poderá contribuir para refidelizar todos aqueles que, hoje em dia, possuem um smart Fortwo, mas que também têm na garagem um SUV médio como segundo carro, a smart assumiu já que, da futura gama, poderá vir a fazer igualmente parte um sucessor directo do pequeno citadino. Algo para o qual o construtor já está, de resto, à procura de parceiros, com quem dividir custos.
De resto e embora já com uma oferta composta por três modelos, a verdade é que as vendas da smart na Europa não têm sido propriamente brilhantes. Com o site Automotive News Europe a citar dados da consultora de mercado Dataforce para avançar que, nos sete primeiros meses de 2024, a marca chinesa vendeu apenas 8.485 unidades do #1 e 2.984 unidades do #3.
Números que, recorde-se, torna-se ainda menos impressionantes, se comparados com as 5.559 unidades vendidas do Fortwo, no mesmo período de tempo. E, isto, apesar do modelo já nem sequer ser produzido.
