Ainda hoje considerado um dos pontos altos no investimento da marca francesa em Portugal, a fábrica da Renault em Cacia, distrito de Aveiro, foi inaugurada a 11 de novembro de 1981, pelo então Presidente da República (PR) de Portugal, General Ramalho Eanes. Ainda hoje um dos maiores empregadores do distrito de Aveiro, a infraestrutura acaba de celebrar 40 anos de existência.
Tudo começou, ainda no início da década de 80 do século passado, com a compra, por parte da marca francesa, das antigas instalações da Fábrica de Automóveis Portuguesa (FAP) e a Assinatura de um Contrato Investimento, entre o Estado Português e a Régie Renault. Sendo que, a 11 de novembro de 1981, tinha lugar a inauguração da fábrica Renault Cacia, dando assim início a uma caminhada que continua até hoje, cumpridos que estão quatro décadas sobre a data.
Ainda hoje uma das maiores empresas e um dos maiores empregadores do distrito de Aveiro, a Renault Cacia ocupa, atualmente, 340 000 m2 de área total, 70 000 m2 da qual é coberta, empregando mais de 1100 colaboradores. Mais de metade dos quase 2000 empregos directos, e outros tantos indirectos, que a Renault gera em Portugal.
Maior fornecedor mundial de bombas de óleo do Grupo Renault, com mais de 40.000.000 de unidades produzidas até à data, a unidade fabril de Cacia é, também, hoje em dia, a única responsável por fabricar, para todo o grupo, a caixa de velocidades JT4 que equipa os modelos Renault Clio, Captur e Mégane, assim como os Dacia Sandero e Duster. Anunciando, atualmente, uma capacidade de produção anual na ordem das 600 mil unidades.
“Um investimento de grande significado”
Presente na cerimónia de comemoração dos 40 anos da fábrica Renault Cacia, o actual Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou que, “a implantação da Renault em Portugal, a partir dos Governos de Francisco Sá Carneiro, no qual foi assinado o acordo, e depois de Francisco Pinto Balsemão, quando foi inaugurada a fábrica, significou um passo muito importante no caminho do desenvolvimento e da integração europeia”.
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“Recordo-me bem do que significou a inauguração, no dia 11 de novembro de 1981, pelo senhor presidente António Ramalho Eanes, porque era então membro do Governo”, destacou o Chefe de Estado, defendendo que “tratava-se de um investimento de grande significado. Trazia um parceiro europeu, a França, que o futuro mostraria vir a ser cada vez mais importante para Portugal, como acontece hoje. Escolhia um Portugal não centralizado em Lisboa. Dava um sinal no sentido daqueles interiores que, naqueles dias, eram ainda mais distantes do centro do poder nacional.”
A terminar, oportunidade, ainda, para agradecer aos “trabalhadores da Renault, de hoje, de ontem e de amanhã”, os quais “ajudaram a mudar Portugal”. Já “para a investidora, os gestores, os responsáveis, o meu reconhecimento”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Finalmente e com o propósito de homenagear todos os trabalhadores que, ao longo destes 40 anos, passaram pela fábrica, o Presidente da República condecorou um dos pioneiros que “estiveram aqui desde o início”, Hipólito Rodrigues Branco, ao qual foi entregue a Ordem de Mérito da República Portuguesa. Sendo que, “nele homenageio todos os demais, todo o passado, todo o presente e todo o futuro da instituição”.
Em prol da sustentabilidade na laboração
Entretanto, a fábrica de Cacia anuncia, igualmente, um novo passo no sentido da incrementação da sustentabilidade da sua laboração, com a instalação de 13 mil módulos fotovoltaicos, com uma potência instalada de 6 MWp.
O maior sistema de autoconsumo fotovoltaico em Portugal vai gerar uma autonomia energética de 13% e evitar a emissão de 1,8 mil toneladas de CO2 por ano, explica a marca do losango em comunicado.