As receitas em portagens em vias rodoviárias aumentaram no primeiro semestre deste ano, em cerca de 4%, ou seja, 6,4 milhões de euros, para 155,8 milhões de euros, face ao período homólogo.
A informação foi revelada este sábado, 28 de setembro, pela Infraestruturas de Portugal (IP) à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No relatório deste 1.º semestre de 2019, enviado à CMVM pela IP, a empresa pública enaltece a "evolução positiva" dos lucros das portagens, que marcaram um acréscimo de 6,4 milhões de euros em comparação com o mesmo período de 2018.
Já no que toca a pagamentos efetuados às concessões e subconcessões rodoviárias foram, no primeiro semestre, de 636,5 milhões de euros, contudo o Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA) não está incluído nestas contas.
"Na comparação com o período homólogo de 2018 verifica-se uma diminuição dos encargos em 89,6 milhões de euros, dos quais 39,7 milhões de euros são relativos à rubrica de comparticipações e reequilíbrios, devido ao pagamento no 1.º semestre de 2018 de indemnização à Concessão Douro Interior, por conta do Estado Português, no valor de 43 milhões de euros", explica a empresa público no relatório enviado à CMVM, citado pelo Notícias ao Minuto.
Ainda na análise, nos primeiros seis meses de 2019, a IP aumentou em 18% as despesas em manutenção e em conservação da rede rodiviária, que chegaram aos 77 milhões de euros, ao mesmo tempo que incrementou 44% o investimento, para 58,8 milhões de euros, dos quais 41,4 milhões de euros do Programa de Investimentos Ferrovia 2020.
Com tudo isto, o resultado líquido deste exercício bateu os 35 milhões de euros, confirmando-se, em relação a 2018, uma descida de 12,4 milhões de euros que, de acordo com a empresa pública, resulta, sobretudo, do aumento dos gastos em conservação das vias nacionais.
Em suma, o resultado financeiro apurado até agora (primeiro semestre) deu prejuízos de 101,4 milhões de euros, traduzindo-se num desagravamento de 14,2 milhões de euros face a igual período de 2018.
Ainda nos primeiros seis meses de 2019, a dívida financeira do grupo público, que no final do passado semestre era de 5.208 milhões de euros, diminuiu 537 milhões de euros face aos 5.745 milhões de euros de dezembro de 2018.