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Peugeot suspendeu o desenvolvimento dos Diesel

Texto: Nuno Fatela
Data: 8 de Outubro, 2018

A informação foi confirmada pelo Diretor de Produto do fabricante gaulês. Além da incerteza sobre o futuro destas motorizações, o lançamento de vários híbridos nos próximos tempos é outra razão que explica porque a Peugeot suspendeu o desenvolvimento dos Diesel

A oferta híbrida, tanto pelas versões eletrificadas dos 508 e 3008 como através do concept e-Legend, foi um dos maiores destaques do espaço da marca do leão no Salão de Paris. E, dada esta forte aposta, o emblema gaulês foi questionado sobre qual o futuro dos motores a gasóleo na sua gama, tendo sido anunciado que a Peugeot suspendeu o desenvolvimento dos Diesel. Foi o Diretor de Produto, Laurent Blanchet, a confirmar esta situação, explicando que “decidimos não desenvolver mais evoluções das tecnologias Diesel, porque queremos ver o que vai acontecer”.

 

Como fica claro através destas palavras, isto não quer dizer que as motorizações atualmente designadas como BlueHDi estão condenadas à morte. Apenas que a marca vai esperar para ver ‘a poeira assentar’ e saber qual será o futuro. Afinal, de momento permanecem muitas dúvidas sobre temas como a possível proibição à circulação em cidade, as taxas fiscais que vão incidir sobre estes automóveis e até os objetivos de redução de emissões (que, pelos níveis mais baixos de CO2 dos Diesel, podem jogar a seu favor). Esta indefinição está também a ter impacto no mercado e nos clientes, algo refletido pela descida no mercado europeu das vendas de viaturas a gasóleo, que cairam de 50% no arranque de 2017 (já numa tendência de descida) para cerca de 36% atualmente.

Blanchet até estabeleceu um mapa temporal para uma decisão da marca, que surgirá após um período para “ver se o mercado vai apagar os Diesel”. Segundo o Diretor de Produto do fabricante gaulês, se “o mercado, em 2022 ou 2023, valer 5% vamos desistir. Se o mercado for 30%, a questão será muito diferente”. Portanto, Laurent Blanchet destaca o principal factor que terá de ser analisado pelas marcas, e que passa mesmo pelas preferências dos clientes, algo que não se pode prever com exactidão neste momento, embora existam algumas indicações. “Creio que ninguém pode dizer o que será o mercado. Mas é claro que os Diesel estão em queda”, concluiu este responsável.

 

Fonte: Autocar