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Peugeot renova gama 308 com novo diesel de 1.5 litros

Texto: António Amorim
Data: 21 de Junho, 2017

A estreia de um novo motor diesel 1.5 BlueHDi de 130 CV é o ponto fulcral desta operação de reforço do Peugeot 308, grande concorrente do Golf, Focus, Mégane e outros familiares compactos.

O carro não é novo, portanto, mantendo inalteradas as caraterísticas de chassis, dimensões e tudo o que envolve a estrutura, mas a nova gama trará consigo muitos aperfeiçoamentos, tanto no início do lançamento, agendado para Setembro, como nos meses seguintes, quando surgirem ainda mais reforços.

É na zona frontal que estão as principais alterações visíveis, em especial na parte inferior do para-choques dianteiro, onde agora surgem três entradas de ar: uma ao centro que, consoante o nível de equipamento, pode albergar o radar do cruise-control ativo, e duas laterais, a darem ar ao sistema de arrefecimento do motor mas também a receberem os eventuais faróis de nevoeiro.

 

A grelha exibe um grande leão estampado ao centro e, mais acima, o capô deixou de ser uma chapa imensa para ganhar duas nervuras de embelezamento.

Na traseira não será necessário grande espírito observador para descobrir que o 308 de 2017/2018 passa a ter os farolins traseiros com as suas “garras” vermelhas sempre acesas, de dia e de noite.

Lá dentro todo o design se mantém, assim como o próprio conceito i-cockpit, com o seu minúsculo volante, instrumentação bem chegada ao para-brisas (acima do volante, portanto) e aquela consola quase vazia de botões, a chamar todo o protagonismo ao ecrã central táctil, agora de resposta mais rápida graças à tecnologia capacitativa.

Novos revestimentos interiores e novos desenhos de jantes também marcam as diferenças visíveis.

É, no entanto, nas entranhas do renovado 308 que encontraremos as principais evoluções. A primeira e a mais importante é o tal novo motor diesel de 1.5 litros com 130 CV, que gradualmente substituirá o 1.6 BlueHDi de 110 CV mas que, infelizmente, não fará parte do pelotão de frente dos modelos de estreia, obrigando os interessados lusos a esperarem por ele até novembro ou dezembro de 2017.

A descida de cilindrada e uma maior limpeza dos gases de escape permitem anunciar neste motor um ganho de 4 a 6 por cento nos consumos. Por outro lado, o ganho de 10 CV face ao motor de 1.6 litros está, essencialmente, na cabeça de 16 válvulas, para potenciar os altos regimes. Por agora, a marca pouco mais adianta quanto a dados técnicos do 1.5 diesel, a não ser o binário máximo de 300 Nm, nivelado pelo do motor maior.

 

Com este novo bloco DV5R de 1.5 litros a Peugeot também consegue afirmar-se na tão polémica questão das emissões poluentes, em especial nos perigosos óxidos de azoto (NOx), anunciando que já é compatível com a norma Euro-6c, a vigorar apenas em 2020. A explicação está em várias soluções de “limpeza” de gases, entre as quais a nova câmara de combustão desenhada pela primeira vez para o 908 que correu em le Mans, mas essencialmente o recurso à injeção de ureia, motivo pelo qual a portinhola do abastecimento passa a ser retangular, para que nela caiba o bocal para este aditivo.

Outra novidade mecânica surge do lado dos motores a gasolina, com uma versão de 130 CV do motor 1.2 Puretech, agora também ele com filtro de partículas, para além da injeção a 250 bar de pressão, menos atritos internos, um novo turbo e, por tudo isto, a gastar menos 4 por cento de combustível. Também este motor chegará depois e ainda mais tarde que o novo diesel: início de 2018.

A caixa manual de seis velocidades também foi mexida para melhor, enquanto do lado das automáticas o todo poderoso diesel de 2.0 litros e 180 CV passa a poder casar com uma Aisin de oito relações. Indo mais ao detalhe, esta caixa permite que o start&stop desligue o motor a partir dos 30 km/h, pesa menos 2 kg e tem mudanças optimizadas, assim como um selector de comando elétrico mais pequeno e intuitivo, com função park automática para quando se desliga o motor.

Toda a gama passa a dispor de sistemas de assistência à condução mais aperfeiçoados, entre os quais a travagem autónoma de emergência e o controlo ativo da faixa de rodagem.

A conetividade é outra matéria em evolução, com função mirror screen compatível com Apple Carplay e Andoid Auto. Navegação TomTom Trafic, comutação automática de máximos e reconhecimento de sinais de trânsito, com uma nova função de velocidade de cruzeiro sugerida, também engordam a nova lista de equipamento disponível.

De uma forma geral, as versões a gasolina 1.2 Puretech ficam 760€ mais baratas que na gama anterior, enquanto os diesel 1.6 BlueHDi ou ficam ao mesmo preço ou aumentam marginalmente, consoante o nível de equipamento.

A chegada mais tardia do novo 1.5 BlueHDi impede para já a divulgação dos respectivos preços, mas sabe-se que o 1.2 Puretech de 110 CV (outra novidade) mais barato (Access) começará nos 23 000 euros sem ar condicionado automático nem jantes de liga leve. Para isso é preciso alcançar o Active, por 24 290€.

Nos diesel o mais acessível é o 1.6 BlueHDi de 100 CV Access, a partir dos 25 740€.

Fique agora a conhecer todos os preços:

GASOLINA:

1.2 Puretech 110 cv (caixa manual de 5) Access: 23 000€ / Active: 24 290€

1.2 Puretech 130 cv (caixa manual de 6) Active: 25 050€ / Allure: 27 200€ / GT Line: 28 960€

1.2 Puretech 130 cv (caixa auto 6) Allure: 28 710€ / GT Line: 30 460€

1.6 THP 205 cv (caixa manual de 6) GT: 34 290€

1.6 THP 270 CV (caixa manual de 6) GTi: 42 050€

DIESEL:

1.6 BlueHDi 100 cv (caixa manual de 5) Access: 25 740€ / Active: 27 040€ / Allure: 29 190€

1.6 BlueHDi 120 cv (caixa manual de 6) Access: 26 830€ / Active: 28 140€ / Allure: 30 320€ / GT Line: 32 160€

1.6 BlueHDi 120 cv (caixa auto de 6): Allure: 31 820€ / GT Line: 33 670€

1.5 BlueHDi 130 cv (caixa manual de 6) – final de 2017

2.0 BlueHDi 150 cv (caixa manual de 6) Allure: 36 300€ / GT line: 38 110€

2.0 BlueHDi 150 cv (caixa auto de 6) Allure: 37 810€ / GT Line: 39 620€

2.0 BlueHDi 180 cv (caixa auto de 6) GT: 42 240€

2.0 BlueHDi 180 cv (caixa auto de 8) – preço não declarado