Seguindo uma tendência cada vez mais implementada no mercado, a Peugeot acaba de anunciar a intenção de se tornar uma marca 100% elétrica, a partir de 2030. Mas, atenção: numa fase inicial, tendo em vista apenas os mercados europeus.
O “anúncio” foi feito pela atual CEO da Peugeot, a britânica Linda Jackson, em entrevista à norte-americana Automotive News, acrescentando, no entanto, que esta é uma ambição que, pelo menos para já, abarca apenas os mercados europeus.
Já quanto aos restantes mercados internacionais, a marca do leão assume que continuará a comercializar motores de combustão durante a próxima década.
“À medida que avançamos para as novas plataformas, STLA Small, Medium, Large, todos os nossos modelos tornar-se-ão elétricos na Europa, até 2030″, afirmou Linda Jackson. No entanto, acrescentou, “tenho que garantir que mantenho ofertas de combustão interna para os meus clientes internacionais.”
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Recordar que a Peugeot é apenas a mais recente das marcas da Stellantis a fixar um prazo para se tornar 100% elétrica, como forma de corresponder à intenção já anunciada da União Europeia de só permitir a venda de veículos novos zero emissões, a partir de 2035.
De resto e fruto deste alerta, marcas pertencentes à Stellantis como a DS, Alfa Romeo e Opel anunciaram já a intenção de lançarem apenas veículos elétricos, a partir de 2026, 2027 e 2028, respectivamente.
Quanto à Peugeot, a sua estratégia de electrificação implica o lançamento, já em 2023, de uma versão EV do seu popular hatchback 308, sendo que, a caminho, está, igualmente, uma nova geração do SUV 3008. Desta feita, já com uma versão 100% elétrica, e não apenas PHEV, a produzir em França.
Aliás a sustentar esta decisão, surgem as versões elétricas actuais, quer do 208, quer 2008, e que já representam, nas vendas actuais, cerca de 20% da totalidade dos veículos da marca comercializados.
“O peso do e-2008 nas vendas é um pouco menor que o do e-208, já que, por ser visto, habitualmente, como um primeiro carro, os clientes pretendem, muitas vezes, assegurar a possibilidade de realizar longas distâncias”, explica Linda Jackson. “Basicamente, estão ainda a decidir se um carro elétrico pode ser uma boa solução para eles.”