Mundial de Fórmula 1

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Peças iguais para reduzir custos na Fórmula 1

Texto: André Bettencourt Rodrigues
Data: 16 de Agosto, 2017

À medida que os custos na Fórmula 1 continuam a escalar desenfreadamente, os novos donos não desistem de encontrar soluções que possam abrandar o despesismo.

Limites no budget à parte, a Liberty Media liderada por Chase Carey avança agora com a possibilidade de aumentar o número de peças ‘standard’ que terão de ser partilhadas/utilizadas por todas as equipas como uma forma de controlar os gastos e de nivelar a competição. Nada fácil quando, a título de exemplo, a Ferrari gastou 389 milhões de dólares em 2016 para terminar em segundo o campeonato do ano passado, ao passo que a Force India, quarta classificada, socorreu-se de ‘apenas’ 106 milhões.

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Apesar da preocupação natural dos puristas de que esta ideia poderia retirar o crivo tecnológico que sempre caracterizou a modalidade, alguns observadores afirmam que, caso esta medida seja implementada, os fãs não notarão as diferenças. Os componentes da suspensão poderão ser uma das áreas em análise, sendo que Carey já garantiu que nenhuma medida representará um atraso do estado ‘state of’ the art’ que a a Fórmula 1 simboliza no que à engenharia diz respeito. As equipas continuarão a ter margem para explorar os seus conceitos e criar as suas próprias estratégias neste departamento. Outra solução passar por aquilo que as equipas mais pequenas pedem há muito: um tecto orçamental.

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“Não queremos estandardizar os carros — penso que é importante que continuemos a ter um desporto em que a competição anda de mãos dadas com tecnologia de topo. Não queremos tornar os carros menos arrojados, mas penso que podemos ter alguns componentes que são iguais para todas as equipas”, afirmou o novo homem-forte dos destinos da Fórmula 1.