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Novo Renault Zoe tem mais autonomia e é mais barato

Texto: Júlio Santos
Data: 25 de Setembro, 2019

O novo Renault Zoe chega em novembro e oferece mais autonomia e tempos de carga mais rápidos. Tem mais equipamentos e um desenho exterior mais moderno. É mais barato 1200€ face à geração atual

O líder de vendas na Europa entre os familiares compactos elétricos continua a evoluir e a acrescentar argumentos à mobilidade elétrica. Sete anos após o seu lançamento mais do que duplicou a sua autonomia que chega agora aos 395 km (WLTP) graças à utilização de uma bateria de 52kWh. No essencial, trata-se da mesma bateria utilizada na segunda geração mas a densidade de cada célula foi aumentada.

Muito relevante é o facto de a bateria poder agora receber carregamentos rápidos (até 50 kW), em complemento das possibilidades que já existiam anteriormente. Ou seja, além de corrente alterna (AC) o Zoe pode agora receber corrente contínua (DC), com a portinhola dianteira comportar os dois tipos de tomadas e a Renault a oferecer de série os dois cabos.

A versatilidade de carregamento do Zoe passa a ser uma referência, algo cuja importância se reflete nos tempos de carga. De acordo com dados oficiais, numa tomada doméstica (3,7kWh) uma carga total demora 9h25m , nos postos de via pública de 11kW  consegue carregar energia para 125 km em cerca de uma hora e nos carregadores ultra-rápidos de 50 kW a Renault diz que em 30 minutos conseguimos energia para percorrer até 150 km.

Esta nova bateria está disponível para o motor que já conhecemos, com 80 kW de potência mas nesta nova geração a Renault disponibiliza um novo motor elétrico com 100 kW (136 cv), cuja autonomia anunciada é de 386 km.

Mais longe e mais economia

Foi esta versão que tivemos oportunidade de conduzir, sendo clara a evolução de desempenho. Sobretudo na “vivacidade” da resposta, o que vai ao encontro dados oficiais da marca que apontam para uma redução de dois segundos no caso da aceleração de 80-120 km/h.

Outra impressão muito positiva refere-se ao aumento da capacidade para regenerar a energia produzida durante a desaceleração e travagem. Para tal, o Zoe acrescenta o modo “B” ao “D” tradicional e o resultado é convincente: em condução normal, em estrada ou em cidade, basta anteciparmos o momento em que retiramos o pé do acelerador e imediatamente a desaceleração produzida substitui a travagem que seria necessária, com vantagens significativas em termos de aproveitamento da energia.

Para os que apreciam menos essa sensação, que por vezes pode parecer estranha e requer habituação, está disponível o modo “ D”.

Na experiência de 250 km que realizámos, em estrada com bastante trânsito e algumas elevações, conseguimos um consumo médio de 12,6 kWh aos 100 km. Ou seja, com a bateria totalmente carregada realizámos 250 km e no final, mesmo depois de testarmos o desempenho do motor com acelerações vigorosas e ultrapassagem “exigentes”, o computador de bordo anunciava ainda uma autonomia que nos permitira cumprir mais 115 km.

Ou seja, numa utilização sem cuidados especiais, acreditamos que a autonomia real facilmente alcance os 370 km, mais do que suficiente, afinal, para aquela que é a vocação da mobilidade elétrica.

O Zoe está apto a cumprir uma semana de deslocações da periferia para a cidade com um único carregamento, a que corresponde um custo pouco superior a dois euros por cada centena de quilómetros.

Mais conforto

Mas a evolução desta nova geração do Zoe não se limita á melhoria da performance elétrica. Exteriormente, a zona frontal apresenta um desenho mais moderno, destacando-se a nova grelha, a adoção de faróis de nevoeiro e os vincos no capot, mas a novidade principal reside na utilização de série, em todas as versões, de faróis com tecnologia “full LED” o que se traduz em importantes ganhos no que à iluminação diz respeito.

A procura de mais eficiência e de uma aparência mais moderna prossegue no interior. Os revestimentos são de maior qualidade, sendo de notar, neste caso, a possibilidade que nos é oferecida de optarmos por um revestimento dos bancos e tablier num tecido produzido a partir de materiais reciclados, como garrafas plásticas.

Além de uma insonorização melhor conseguida, graças ao recurso em maior quantidade a materiais fono-absorventes, outro dado significativo é incorporação de dois painéis totalmente digitais.

Em frente ao condutor o tablier com as habituais informações de condição, incluindo o computador de bordo, e em posição central um “display” onde podemos espelhar as funções do telemóvel ou a partir do qual comandamos diversas funcionalidades. É o caso do sistema de navegação que em breve pode acrescentar às funções habituais a informação dos pontos de carregamento que estão a funcionar e disponíveis.

Com cinco verdadeiros lugares e uma capacidade de 338 litros na bagageira, o Zoe conserva intactas as aptidões familiares, contando, também, com os mais avançados dispositivos de segurança.

O lançamento em Portugal está previsto para novembro, com os preços da versão 110 a refletirem uma redução média de 1200€ face à geração atual. Ou seja a versão mais barata começa nos 23 690 €, para aqueles que optem pelo aluguer da bateria (95€/ mês), enquanto que os preferirem adquirir a bateria pagarão cerca de oito mil euros mais.