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Novo Aston Martin Vantage – Deslumbrante

Texto: Júlio Santos
Data: 22 de Novembro, 2017

“Porsche e Ferrari afastem-se – a Aston Martin está de volta”. Andy Palmer, presidente da marca britânica, apresentava assim o novo Vantage numa festa restrita em Londres a que tivemos o privilégio de assistir na companhia de alguém não menos especial: Pedro Lamy Campeão do Mundo de Resistência na categoria LM GTE AM.

 

O presidente ds Aston Martin, reconhecido entusiasta por “carros verdadeiramente desportivos”, não podia ser mais claro ao referir-se ao novo Vantage revelado esta noite em Londres: “é o projeto mais apaixonante em que participei nos meus 38 anos de carreira na indústria automóvel”. Conhecendo Palmer e o grau de exigência que coloca em tudo aquilo em que se envolve o mínimo que se pode dizer é que o novo Vantage promete.

Marek Reichman, vice-presidente e responsável máximo pelo design na Aston Martin dizia-nos há ainda não muito tempo que se sente um privilegiado por “desenhar os carros de que gosta e para pessoas que adoram automóveis”. Repetiu essa afirmação, ainda que com outras palavras, ao definir o novo Vantage: “a história da Aston Martin está recheada de automóveis fantásticos. Este é absolutamente deslumbrante”. Gostos à parte… tem toda a razão. Mas não é “apenas” a estética, o absoluto compromisso com as proporções, que impressiona. Aquilo que imediatamente salta á vista é o facto de o novo Vantage romper de maneira evidente com as soluções estilísticas e com as formas dos anteriores Aston Martin. O desenho da secção frontal é absolutamente inédito, destacando-se o capot longo e largo e o novo “nariz de tubarão” (é assim que Marek o define). O habitáculo “puxado” para trás e o tejadilho a cair suavemente para a traseira curta mas envolvente, onde surge um spoiler são igualmente elementos marcantes do estilo do novo Vantage.

Maioritariamente construída em alumínio, a carroçaria mede menos de 4,5 metros de comprimento, o que significa que é 27 centímetros mais curta do que o DB 11, do qual herda a plataforma modular (também em alumínio). É em parte esta origem no DB 11 que explica que o Vantage aposte deliberadamente numa colocação de rodas bem nos extremos da carroçaria, o que enfatiza a aparência desportiva e não deixará de influênciar a distribuição do peso e a colocação do centro de gravidade, dois dados essenciais para definir o desempenho de um desportivo. A este respeito a marca anuncia que a combinação do “downforce” gerado pelo spoiler, com o difusor traseiro vai permitir uma carga aerodinâmica recorde.

Ainda no que às opções estilísticas diz respeito, a Aston Martin justifica este “romper com as origens” com o objetivo “de tentar cativar clientes mais jovens, com menos de 50 anos”, como referiu Andy Palmer. Outra das metas claramente assumidas é assumir-se como alternativa ao Porsche 911 e sobre este ponto Palmer não podia ser mais expressivo: “Porsche e Ferrari afastem-se – a Aston Martin está de volta!”.

O novo Aston Martin Vantage, o segundo modelo do plano de recuperação da marca britânica que até 2020 vai lançar mais cinco modelos totalmente novos, incluindo um SUV (2019) e um desportivo de motor central (2020) estará à venda em Portugal no início do verão devendo custar menos cerca de 30 mil euros do que o DB11 V8, para se situar na fasquia dos 200 mil euros. Estará disponível com o V8 twin turbo de 4.0 litros, recém estreado no DB11, com 510 CV e uns impressionantes 685 Nm entre as 2000 e as 5000 rpm. A velocidade máxima anunciada é de 314 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h é cumprida em 3,7 segundos. Estará disponível com caixa de velocidades automática de oito relações da ZF mas um ano após o lançamento poderá surgir uma versão de caixa manual. Porque o Vantange destina-se aos que apreciam as emoções da condução desportiva – é a justificação.

Nesta mesma festa foi apresentada a versão do Aston Martin Vantage que vai participar no campeonato do Mundo de Resistência do próximo ano com o objetivo de revalidar o título conquistado este ano por Pedro Lamy.