Nissan corta 11 mil empregos e fecha sete fábricas no mundo

A Nissan anunciou um plano de reestruturação como resposta à situação que atravessa, que inclui um corte de milhares de postos de trabalho e o encerramento de sete fábricas a nível global.

A Nissan anunciou um corte de mais 11 mil postos de trabalho a nível mundial e o encerramento de sete fábricas, como parte de um plano de reestruturação como resposta à queda de vendas.

Segundo o diretor executivo da empresa, Ivan Espinosa, dois terços das últimas reduções de postos de trabalho serão efetuadas no setor da produção e as restantes nas vendas, administração, investigação e trabalhadores com trabalhos temporários.

Com esta medida, o número total de despedimentos anunciados pela empresa no último ano sobe para cerca de 15% da sua força de trabalho.

Em novembro, a marca nipónica anunciou que ia cortar 9 mil postos de trabalho como parte de um esforço de redução de custos que, segundo a marca, baixaria a sua produção global para um quinto.

Adicionalmente, a empresa também já anunciou uma redução nos investimentos futuros, cancelando os planos para a construção de uma fábrica de baterias e veículos elétricos no Japão.

Um mal nunca vem só

A Nissan também anunciou um prejuízo de 670 mil milhões de ienes (cerca de 4,14 mil milhões de euros) no ano passado.

A empresa tem enfrentado bastantes dificuldades em mercados-chave como Estados Unidos da América (EUA) e China.

Nos Estados Unidos, as tarifas de Donald Trump vieram colocar ainda mais pressão sobre a empresa que já estava em dificuldades. Segundo avançou a BBC, a Nissan decidiu não apresentar previsões de lucros para o próximo ano, devido à incerteza provocada pelas políticas comerciais dos EUA.

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Ainda assim, segundo a mesma publicação, a inflação e as taxas de juro mais elevadas não fizeram cair as suas vendas a retalho, registando uma subida ligeira no ano passado nos EUA. Contudo, a marca registou quedas no Japão e na Europa.

Já na China, à semelhança de muitos outros fabricantes, a empresa tem sentido dificuldades em concorrer com empresas chinesas como a BYD, onde também registou uma queda nas vendas, de 12%.