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Mitsubishi – híbridos poderão usar diesel

Texto: Júlio Santos
Data: 24 de Outubro, 2019

A Mitsubishi quer ampliar o bom momento que vive no Japão e na Europa. Em Tóquio a marca revelou que sem virar as costas aos veículos 100% elétricos a sua grande aposta será nos híbridos plug-in… que poderão ser diesel

As coisas correm bem à Mitsubishi no Japão, onde é a marca cujas vendas mais crescem, e também na Europa, onde o Outlander PHEV é “crónico” híbrido plug-in mais vendido.

 

Em Portugal as vendas estão a progredir mais do que o mercado (15%), também assentes no sucesso do Outlander PHEV e do Space Star, mas a perceção desse bom desempenho não é, porventura, tão óbvia, o que, aliás, se repete noutros mercados.

 

É isto que a Mitsubishi pretende contrariar no futuro, materializando o plano de expansão anunciado há dois anos quando celebrou o seu centenário.

 

Para isso, os seus responsáveis anunciaram, durante o Salão de Tóquio, uma importante ofensiva de produto que prevê o lançamento de um novo Outlander, em 2021, no seguimento da agora concretizada reformulação do ASX, enquanto a renovação do Eclipse-Cross está prevista para 2022.

 

Com fortes probabilidades de concretização está, entretanto a possibilidade de lançamento em 2022-2023 de um SUV compacto, mais pequeno, portanto que o ASX, o que não admiraria dada a integração da Mitsubishi na Aliança Nissan-Renault… que tem no seu portfólio o bem sucedido Captur…

 

Ainda em relação ao espírito de partilha que existe no grupo, é provável que a Mitsubishi possa, também, vir a utilizar a tecnologia E-Power da Nissan, a qual tem por base o principio de funcionamento dos extensores de autonomia, ao combinar um motor elétrico alimentado por uma bateria que é carregada por um pequeno motor de combustão (nunca transmitindo potência às rodas).

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Os responsáveis japoneses dizem-se, aliás, muito satisfeitos com esta integração numa estrutural de dimensão global mas deixam claro que farão as coisas à sua maneira.

 

Das conversas que mantivemos em Tóquio a leitura que extraímos é de que para os veículos 100% elétricos a Mitsubishi deverá socorrer-se do avanço que já levam os seus parceiros, enquanto no caso dos híbridos plug-in a liderança tecnológica que justamente reclamam fará com que a sua incorporação nos novos modelos seja feira com toda a naturalidade e sem constrangimentos.

 

Dito de outra maneira, se a versão 100% elétrica do novo ASX (o modelo foi agora integralmente renovado) utilizará os ensinamentos da Nissan/Renault já no Eclipse Cross e o novo Outlander eletrificação é sinónimo de PHEV. E a notícia é que o motor de combustão utilizado até poderá ser um diesel.

 

A “lebre” foi levantada com a apresentação do “concept-car” MI-Tech (M de Mitsubishi e I de Inteligente e Inovador) que impressionou desde logo pelas formas ousadas a fazer lembrar um Buggy e pelas dimensões muito compactas, a denunciar a utilização de uma nova plataforma mais pequena do que qualquer uma das que a marca japonesa usa nos seus modelos. Refeitos do impacto visual (que também denuncia, na grelha frontal, uma nova assinatura estilística), partimos para a descoberta dos aspetos tecnológicos, onde o grande destaque vai, desde logo, para o facto de o MI-Tech “contar com quatro motores elétricos, dois por eixo, que recebem a energia de uma bateria.

 

Esta pode ser carregada nas tomadas vulgares ou através de uma turbina que tanto pode usar gasolina, álcool, querosene e, até… gasóleo, de acordo com as fontes de energia privilegiadas nas diferentes regiões do mundo.

 

Assim, a principal diferença face ao sistema PHEV atual é, precisamente, o facto de no lugar do motor a gasolina utilizado para carregar as baterias surgir uma pequena turbina que trabalha a regimes controlados.

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